Área de Atracação

Relembrando a primeira mensagem :

Essa área era destinada a atracação dos navios cargueiros que carregavam e descarregavam as mercadorias para o reino de Vasta.

Muitos navios de médio e grande porte atracaram ali, porém hoje o cheiro da vida marinha morta e os destroços de navios afundados pelos Orcs, fazem com que o grande Porto de Vasta, por onde entravam inúmeras riquezas, não passe de um cemitério que guarda lembranças de dias de glória.

Grande entulhos vindos do desgaste do Porto sem manutenção e em guerra impedem a aproximação de qualquer navio, sem antes ter que lutar para atracar em segurança.

Liah realmente não entendia aquele gato. Sempre foi um filhote difícil de cuidar. Parecia odiar a floresta. Já a jovem druida adorava aquele lugar. Mas o demoncat, Salem, fazia questão de se afastar de la. E sempre, sempre se aventurava por lugares que causavam arrepios na druida. Hoje pelo menos ele quase se superou. Já tinha horas que está a procura daquele gato. Havia procurado por tudo que é lugar. Finalmente encontrei rastros que levaram a crer que ele estava por essas bandas.

- Salem, juro que quando eu te pegar vou te entupir de erva de gato. - só em pensar no gato lesado por conta da erva um sorriso brotou nos lábios da druida. - Vamos seu pestinha, onde você está?

A druida observava tudo ao redor tentando encontrar o gato..

-será que ele veio pra ca mesmo?

A druida falava sozinha... estava começando começando ficar preocupada.. em que buraco ele se meteu agora?...

Aisha sai da água cuspindo para fora qualquer coisa que parecesse que ela engoliu, nem que precisasse se desfazer da própria saliva por precaução. Ela tinha leves calafrios ao olhar o local de onde saiu, com nojo, mas um suave alívio por não estar mais nas mãos dos orcs. Ela estiva a mão para Labbu, que corre pelo seu braço em direção aos ombros, até se esconder entre seus tecidos, e fica a observar o local.

"Desagradável" era o que provavelmente diria, mas ela não pode dizer nada. No entanto ela já esteve em locais piores...

Por definição, um fugitivo partiria imediatamente para o mais longe que pudesse, e era por isso que ela devia se esconder ali mesmo, e o navio parecia um ótimo lugar!
Sua barriga ronca.
É, talvez tivesse uma boa comida no estoque.... assim ela se esgueira em direção ao suntuoso pedaço de mal caminho, para esperar que não tenha mais perseguidores.

***Liah***

Ela caminhava preocupada a procura do gato, nunca havia ido tão longe e sabia que aquele não era um bom lugar para se estar.
Conforme andava pelos destroços da área de atracação LIah pode observar um imenso navio, que era raro encontrar por aquelas bandas.

- Miaaaauuu.

Liah pode ouvir bem baixinho um eco de seu bichano, e vinha da direção do navio, observando mais atentamente ela pode identificar que
aquela criaturinha encapetada estava pendurado na grade de umas das janelas do andar subterrâneo.

Mas como ele chegou até lá ?? Não havia outro jeito. Teria que ir buscá-lo.

*******************************

*** Aisha ***

Enquanto se aproximava do navio pela praia, Aisha pode observar uma sombra sobre a plataforma de madeira, contra a luz do dia não dava
para enxergar muito bem, mas pelo pequeno perfil parecia ser uma mulher.

Pouco depois de observar a silhueta ao longe, Aisha pode ouvir um eco de um miado. E parecia que a mulher tambèm ouvira, pois agora
ela se virou em direção ao navio.

Aisha se assusta com a presença de outra pessoa. Seria um orc, ou o dono do navio??
Ela fica atenta aos movimentos, e logo nota que provavelmente a mulher estava atrás do gato.

De trás de seu ombro, a pequena cabeça de Labbu se esgueira entre seus cabelos, curioso com o miado. Seus olhos se arregalam e ele pula de seu ombro correndo atrás do gato enquanto lambia os lábios!

Aisha estica a mão assustada, e começa a correr atrás de Labbu! Ele achava que o gato era comida...

***Aisha***

Ela corre preocupada com Labbu e acaba chegando ao navio antes que a silhueta estranha,
o lagarto sobe pelas cordas penduradas no navio com facilidade, e por pouco não sai da vista de Aisha.

A corda se balançava com o peso do réptil e cada vez que se aproximava da janela que o gato
estava pendurado, o bichano chiava tentando afastar o lagarto. Ela precisaria pegá-lo antes
que acabasse cheio de marcas de garras.

Aisha puxa o ar com força com medo que não chegue a tempo!
Então ela olha rapidamente à sua volta, até identificar uma das cordas do mastro que estaria preza a um saco... um navio soava como... familiar a ela. Então ela pula para a corda e corta sua base num só golpe, arremessando-se no ar na direção de Labbu!
Se ela acertar, vai abraçá-lo e rolar no chão com ele...

***Aisha***

Seu corpo é elevado no ar e por pouco ela não bate na madeira do navio. Porém assim que
consegue agarrar Labbu ela se solta da corda rolando pelo convés.

O navio era lindo, a madeira avermelhada destacava na neblina do lugar, ele parecia estar
abandonado, porém recém utilizado. A porta da cabine principal estava entre aberta, assim
como a escotilha que levava ao andar inferior.

Um barulho sobressalta Aisha, porém ela percebeu que se tratava apenas dos destroços no
mar batendo de leve no casco do navio. Pela escotilha não subia nenhum ruído abaixo, mas
não era possível saber se aquele navio pirata estava realmente abandonado.

O lugar nao era seu favorito. Tudo parecia morto. Tudo parecia tão triste. Isso lhe partia o coração. Porque raios Salem iria se aventurar por ali. O lugar todo lhe dava arrepios. A única coisa que queria era voltar para a familiaridade da floresta.

Observava tudo a sua volta. Estava começando começando desistir... até que ouviu um som familiar.. o mimado de Salem. Olhou para cima e o viu dentro de uma embarcação. Pelo menos estava vivo. Suspirou aliviada.

Uma preocupação ia embora para dar lugar a outra. Como foi que aquela criar ir chegou ali. Liah se esgueirou tentando não fazer movimentos bruscos, tentando achar um meio de chegar até ele e resgata-lo.

Parecia que tudo daria certo. Se não fosse por uma movimentação ensandecida em direção ao barco. Isso não terminaria bem. Algo dizia a druida que as coisas iriam se complicar e bem rápido.

Ao ver uma mulher correndo em direção a Salem a druida não pensou duas vezes e se apressou na direção do gato. A garota era bem habilidosa. Não poderia negar.

Sem perder a velocidade a druida correu para a embarcação saltando em direção a corda mais próxima de onde a mulher foi elevada e escalando.

- Não se atreva a chegar perto de Salem ou juro que vai se arrepender...

Esbravejou enquanto subia o mais rápido que podia..

BLAMBUMTAMMMMMBRRRRR

Foi o som de Aisha rolando no convés, caindo entre os barris de água choca e derrubando esses mesmos barris conta a grade do porão, derrubando seu conteúdo fedido escada abaixo.
Liah vê dois pés para o alto no meio da bagunça, certamente do vulto hábil que acabara de ver. Um silêncio segue ao estrondo do tombo, e após alguns segundos... As mãos dela levantam para o alto um pequeno réptil com cara de bobo, para o alto!
O réptil é chacoalhado como quem recebe uma bromca, e termina olhando para a druida confuso e com a língua pra fora.
Uma mãozinha se solta do corpo dele e aponta pra ele com ansiedade.

A subir subir árdua. Talvez na empolgação Liah acabasse se estrepando também. Mas quando já estava na Beira seu destino uma barulheira a alerta fazendo terminar a escalada com Mais cautela.

Ao chegar no porão so tem tempo de ver pernas para o ar em meio a barris. Seu conteudo mau cheiroso atinge os pés da druida que faz uma careta de nojo. O dia estava ficando cada vez melhor.

Liah alcança o gato ao mesmo tempo em que mãos levantam o pequeno réptil.

Liah lança um olhar repreendendo Salem. Mas como esperado o pequeno encrenqueiro mia e começa a lamber as patas como se nada tivesse acontecido.. ao que parece tanto Liah quanto o vulto quais habilidoso tinham o mesmo intuito. Resgata pequenos encrenqueiro... ela se aproximou e estendeu a mão oferecendo ajuda...

- parece que viemos pra cá com o mesmo intuito

Liah começa a olhar em volta. Tentava se lembrava se ja havia visto aquele barco ali.

Aisha ouve da estranha uma conversa que a leva a crer que não era tripulante do navio, mas a dona do gato. Labbu igualmente desenhava a repreensão, e começava a lamber Aisha no rosto, o que era particularmente nojento, considerando o estado deplorável que ela estava.
Aisha se levanta tirando um pedaço de espinha de peixe do colo, e quando parece que vai cumprimentar a estranha, arregala os olhos ao ver uma mesa ao fundo!
Num prato que não era lavado a pelo menos três dias, uma coxa mal comida de frango se destacava entre farelos de pão velho! Ela corre na direção da mesa ignorando a estranha, e começa a devorar aquela coxa de fonte duvidosa!

Liah Estava aguardando a resposta da garota. Viu ela se levantar e do nada arregalar os olhos e correr na direção de jma mesa com comida duvidosa.

A dúvida arregalou os olhos com a cena. Ela estava faminta.

-se eu fosse você não comeria isso.

A druida começou comecou explorar o lugar onde estava . Observava principalmente se havia sinais de se havia alguém mais ali além dela e da figura faminta..

-talvez se sairmos daqui logo podemos caçar algo mais seguro para você comer

***Liah***

O barulho da madeira estalando do navio era o único audível por ali, mesmo falando baixo
as palavras de Liah ecoavam no lugar solitário. Aquele cenário quase apocalíptico não era
nada convidativo como a floresta que era seu lar.

Ao explorar o navio Liah percebeu que o mesmo havia sido atracado a poucos dias, quase
não havia poeira e as portas da cabine principal e da escotilha estavam abertas, Liah percebeu
que havia alguns andares para baixo do navio, mas tudo parecia silencioso… silencioso demais.

*************************

***Aisha***

Aisha devorava o pedaço de carne que havia achado, e realmente estavam muito bom, apesar
do gosto seco e quase amargo. Virando o pedaço da coxa ela percebeu algumas moscas grudadas
ali, porém ao menos ainda não deu tempo de os vermes chegarem.

Aisha percebeu em meio a sua comilança que a neblina que cercava a praia, começou a ficar
densa. A manhã chegava ao fim, em meio a neblina ela pode escutar rosnados ao longe. Não
dava para identificar as palavras, mas pela tom e altura eram criaturas extremamente bravas.

Aisha notou que a recém chegada não parecia querer fazer nenhuma mal, e qualquer pessoa que não queira te fazer mal, certamente merece um pouco de consideração, então ela não iria atacá-la... De certa forma, foi Labbu que quase comeu o gato dela.

A moça misteriosa não responde nada para a druida. Mas ao ouvir os sons longínquos e notar a neblina, ela parece se assustar.



Ela rapidamente faz um sinal que parece ser algo como telhado, ou casa!

Liah fica tentada a explorar outras partes do navio. Mesmo aquele lugar lhe dando arrepios. Se o barco estava ali a pouco tempo, o dono não estava... isso significava que.. ou não estava muito longe ouuu poderia estar voltando.

Ao ouvir a criatura engasgar liah volta sua atenção para fora. Neblina... aquilo não era nada bom...

- Salem, você só me mete em enrascada!

Ao olhar para a garota ela estava fazendo uns sinais estranhos... Que raios era aquilo? Pq ela não falava?

- não temos tempo pra isso. Aqui não é seguro. Vamos dar sair daqui antes que o dono dessa coisa volte ..

Aisha levanta os dois braços dando de ombros.
Talvez a ideia de "abrigo" não tenha sido transmitido eficientemente, mas se ela entendeu o conceito de "picar a mula" já era um avanço de comunicação.
Ela pega três pãos duros na mesa e fica na sacola, e sai correndo pra junto da estranha.

Liah viu a garota colocar pão duro na sacola e sair correndo em sua direção. Era hora de sair daquele lugar.

Desceu para terra firme e observou em volta. A última coisa que queria era ser pega de surpresa por alguma criatura. Ou orcs. Só o pensamento faz com que a druida se arrepie..

- qual seu nome afinal?

A druida começa começa caminhar em direção às ruas da cidade. Pelo menos por hora seria seguro ir para lá. Estava ansiosa por uma bom hidromel...

- vamos para a cidade. Melhor que ficar aqui. Não gosto desse lugar...

Ela olha para trás. As águas que antes era cheia de vida hoje só trás morte ... Inúmeras vezes pegou-se imaginando como deveria ter sido aquele lugar em seus dias de glória. Um dia quem sabe a imagem de destruição desse lugar a um novo lugar...

A jovem passa por outra mesa antes de ir, e pega o que parece um pequeno caderno de anotações. Ela segue junto da dona do gato que Labbu quase devorara, porque se a moça não tentou matá-la, ou era boa, ou completamente despreparada.
Na folha inicial do caderno ela escreveu em letras grandes:
AISHA
E então aponta para o lagarto:
LABBU
E em seguida estendeu a mão cumprimentando ela.
Enfim aponta para as ruas da cidade, over pretendia encontrar abrigo da neblina.

*** Aisha e Liah ***

Ambas as mulheres que a pouco se conheceram caminhavam lado a lado ruma ao centro de Vasta,
porém ali a destruição era a única coisa visível. O mercado do porto por onde passavam eram uma
imagem clara de uma guerra a muito findada, e em nenhum lugar as mulheres puderam achar algo
que valesse a pena pegar.

O caminho não era tortuoso, grande parte dos descombros das casas estavam a lateral da estrada,
o frio começava a se intensificar, porém a neblina permaneceu próxima ao mar, o que já era uma boa coisa.

Conforme caminhavam, elas chegaram a um ponto onde a rua que seguiam se separava em duas,
e bem na esquina dessa bifurcação, jazia dois corpos estendidos no chão. Um caído de bruços,
com uma enorme mancha de sangue seco em volta de sua barriga, o outro caído para
trás, com pernas e braços abertos, e a cabeça estourada por um estranho buraco.