Turnurulon fora construída seguindo os padrões da hierarquia da Deusa do Caos, seis níveis eram necessários para chegar ao topo da enorme montanha. E cada um era comandado por um servo fiel a Górgona. A economia, produção e sustentabilidade da cidade adivinham desses “níveis” que foram minuciosamente criados para que toda a montanha se comunicasse como uma enorme cidade viva.
Porém após anos de dominação, a cidade já não era mais separada por níveis, o único que permaneceu fechado e intocado pelos exércitos de Orcs que dominava a montanha foi o Portão do Lorde do Caos. Não se sabe por medo ou respeito, os Orcs nunca se atreveram macular seus muros, porém o tempo não fora tão gentil, e enquanto a depreciação animalesca ocorria em toda a extensão da cidade pela montanha, o passar dos anos depreciou aquele castelo que permaneceu fechado como um túmulo durante as décadas.
A noite frequente na montanha ha muito deixou de ser tão escura, com seus poderes enfraquecendo a cidade começava a ganhar raios de sol que acalentava as dores e sofrimento daqueles que foram tomados como escravos. Mas nada poderia aliviar a dor de tamanho sofrimento, ter uma vida trocada por correntes e grilhões.
Nem tudo era terror e caos, a cidade mantinha seu funcionamento com áreas específicas para cada escravo trabalhar. Cada área, onde antes era uma aldeia específica de algum servo da Deusa, hoje mantinha apenas o funcionamento para o desenvolvimento e dominação dos soldados. Plantio, prostituição, caça eram os que mais se espalhavam pela montanha, porém ali de tudo se fazia, desde de pequenos os escravos eram obrigados a minerar e forjar armas, tendo sido perdida muitas jovens vidas nesse trabalho de mineração.
Havia também uma área específica onde os escravos viviam, não que fosse uma vida realmente, mas onde podiam passar a noite e lamentar a sorte em que se encontravam, alguns ainda arriscavam se relacionar, o que apenas fornecia mais mão de obra para o exército de Orcs. Meninos eram designados desde de cedo a trabalhos braçais, meninas eram enviadas as casas de diversão para aprender a se prostituir e agradar seus mal-feitores. Havia também lugares onde jogos cruéis entre os escravos eram alimentados pelos Orcs que ali se estabeleceram.
Ali o que estava em evidência não era a natureza da raça, muitos humanos apoiavam os Orcs e se misturavam a eles na habitação da cidade, anões também eram vistos por ali, trabalhando nas forjas do lugar e agredindo os escravos designados e aprenderem esse trabalho. O que realmente estavam em evidência ali, era o quanto uma alma pode ser corrompida por poder e sede de sangue, na entrada da cidade haviam corpos de Orcs que eventualmente se rebelavam contra o tratamento com os escravos, e todo o horror que ali havia, muitos não concordavam, poucos falavam, mas todos participavam e com o tempo cada alma daquele lugar eramcorrompida.