Uma semana depois.
Manhã.
Sol aberto.
Cidade de Werra, a Capital.
General Arthur Draco cavalgava com sua infantaria pelas ruas dos grande nobres de Werra. Suas casas e comércios se posicionavam na rua principal da cidade, a mesma que dava acesso a primeira muralha do grande Palácio Real. Toda cidade de Werra era calçada e sempre com boa aparência, mas está em especial era simplesmente magnifica. Belas e enormes estatuas enfeitava as mansões, belíssimos jardins competiam com seus vizinhos para se destacar aos olhos do rei e duques que vez ou outra necessitavam de sair de seus domínios, a diversidade de arvores e flores era expendida e isso era apenas um atrativo aos olhos de todos visitantes.
Ruas calmas e movimentadas dava o ar da graça e a medida que o cavalo do general se distancia dos portões reais, nobres e mais nobres fazia reverencia ao valoroso guerreiro que o montava, muitos por respeito, outros por medo e alguns simplesmente pelo fato de ser um homem ao qual tem contato direto com o rei. Crianças corriam por todos os lados e muitas vezes circulavam entre os cavalos da frota dos Falcões de Julian, a paz reinava, a tranquilidade fazia o comercio fluir e a diversidade de pessoas onde era difícil saber quem era cidadão de Werra ou estrangeiro era de fato algo que incomodava toda a frota do reino de Werra, pois inimigos poderiam estar próximos sem ao menos serem notados, quem sabe até pertencentes as tropas do exército.
-Meu Senhor.
Um homem sujo e com uma barba mal feita direciona a palavra ao homem que montava o cavalo principal da legião. Suas roupas estavam sujas de barro e seu cheiro de suor era insuportável, mas sua aparência mesmo acabada ainda trazia os traços de um jovem mendigo.
-AFASTE-SE MALDITO.
Um dos Falcões de Julian posicionou seu cavalo de forma rápida e com postura defensiva em frente ao mendigo, impedindo a visão do mesmo ao seu soberano. Sua bela armadura dourada assim como as dos demais guerreiros dos Falcões de Julian se destacava na multidão, pois eram os únicos que usavam tal cor para distinguir a classe e posição que os mesmos ocupavam, até os altos duques os respeitavam pois tratavam dos principais guerreiros reais.
-Meu nobre, preciso urgentemente falar com seu superior.
-Não vejo nenhum nobre aqui maldito. Aqui só vejo guerreiros. Como conseguiu adentrar tão a fundo em nossa capital, você deveria estar pendurado com uma corda em volta do pescoço em meio a praça pública. Aqui não é um lugar onde toleramos mendigos, falsários e covardes.
Um dos outros cavaleiros aproximou e golpeou o jovem mendigo com um forte chute fazendo o mesmo cair para o lado e bater sua testa ao chão, um corte foi feito com a pancada e uma certa tontura fez os olhos do homem fechar, sangue começa a escorrer mas antes mesmo de levar as mãos à cabeça seus olhos conseguiram intercalar com os olhos do General de Werra e o pobre viu sua oportunidade, e não iria perde-la de nenhuma forma.
-Primeiro escudeiro da Águia, 23º Batalhão na defesa de Werra. Superior imediato, Capitão Frindon. Karin deu sua primeira investida, toda tropa dizimada, os inimigos encontra-se em nossa fronteira. Bravos ao Rei.
Nas suas últimas palavras o mesmo ergue um pouco o braço, mas pouco importava, sua fome, sede e determinação estavam no limite. O mesmo postasse por completo no chão, sua dívida com o capitão Frindon terminará e o que pudesse vir não mais importava.