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Assunto: Área de Atracação Sex 15 Jun - 7:46
Essa área era destinada a atracação dos navios cargueiros que carregavam e descarregavam as mercadorias para o reino de Vasta.
Muitos navios de médio e grande porte atracaram ali, porém hoje o cheiro da vida marinha morta e os destroços de navios afundados pelos Orcs, fazem com que o grande Porto de Vasta, por onde entravam inúmeras riquezas, não passe de um cemitério que guarda lembranças de dias de glória.
Grande entulhos vindos do desgaste do Porto sem manutenção e em guerra impedem a aproximação de qualquer navio, sem antes ter que lutar para atracar em segurança.
willow
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Assunto: Re: Área de Atracação Ter 19 Jun - 18:03
Um enorme navio se aproximava das ruínas do porto. Mesmo de longe Willow conseguia ver que aquele lugar, em uma época passada, já havia sido grandioso e cheio de vida. Mas aos seus olhos, e de qualquer um que ali passasse, era nítido que há algum tempo nenhum navio ousava atracar ali. Os destroços de outras embarcações impediam um atraque fácil por parte do Book of Shadows, e isso começava a preocupar a Capitã a medida que o navio ia se aproximando do porto. O Shadows já não contava com tripulação, era um navio de um homem só, ou melhor, de uma mulher só. Mas estar sozinha ali não fazia Willow menos capaz de guiar o leme e fazer com que o navio encontrasse o melhor rumo a algum ponto de atracação. Não seria suave, e isso ela sabia, mas se ao menos conseguisse minimizar os estragos e não danificar o casco já seria uma vitória. A Capitã fechou a luneta e rumou em direção ao timão. As velas estavam todas hasteadas, o último trabalho realizado pela tripulação que havia ficado em Hyrulle, primeira parada do Shadows após entrar no mundo mágico. Era o primeiro local do mapa, o local onde Willow pensava encontrar respostas para sua origem. Algumas foram respondidas, seus pais em uma tentativa de salvar sua vida haviam enviado a garota através de um portal para um mundo não mágico. A época das guerras de Hyrulle haviam passado quando ela retornara, mas seus pais haviam perecido muito antes. Depois de meses no reino ela juntou informações suficientes do paradeiro de sua avó, que havia abandonado Hyrulle e partido para um reino distante chamado Vasta. E era pra lá que Willow deveria ir com seu navio. Mal sabia que Vasta também fora assolada por várias guerras... Um grande chacoalhar faz com que a Capitã volte a atenção ao caminho a frente. O Shadows havia passado por cima de algo que Willow não sabia identificar, talvez fosse uma criatura marinha, talvez não fosse. O navio encosta num bolsão de areia próximo das docas de atraque, era a forma mais segura de ancorar já que não havia tripulação e atracar na doca era uma tarefa quase impossível. Willow desce até o mecanismo de acionamento da âncora que atinge o fundo da praia, ela esperava que aquilo fosse o suficiente. Em seguida vai até sua cabine, coloca alguns pertences no bolsão de couro e parte para fora do navio.
O ar parecia pesado, dentro de sua cabeça o infinito de possibilidades girava. Fazia 7 meses que estava nessa busca. Não pararia agora. Ela pisa na areia fofa do solo de Vasta. Abre o bolsão e retira um pequeno pergaminho.
Citação :
Querido Vrolock, meu tempo no exílio está próximo de se findar e é chegado o tempo em que devo retornar a Vasta para uma última missão. Preciso auxiliar meus antigos companheiros na reconstrução de Vasta e dar um ao Santuário das Trevas e aos discípulos de Gorgona. Acredito que o domínio dos protos não se alargará, mas caso uma nova guerra ecloda confio que você honrará o meu nome e o de seu pai. Isso não é um adeus. Espero retornar a tempo de ver a pequena Willow se tornar uma grande guerreira. Com amor, sua amalucada mãe Xena Ravenhurst.
Willow solta um suspiro demorado que é interrompido pelo pouso e assobio do papagaio.
- Ráá...ráaa...anda logo...
- Vê se não me enche e fica quieto, com esse assobio a gente já perdeu o fator surpresa. Papagaio idiota.
- Ráá...idiota-idiota.
Willow guarda o pergaminho e começa a andar em direção ao porto.
Narradora
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Assunto: Re: Área de Atracação Qui 21 Jun - 8:39
O porto estava devastado, muitas das barracas estavam destruídas com os tecidos que outrora eram caros e finos, completamente podres. Após a área de atracação o porto segue com muitas barracas das iguarias mais baratas, e então chegava a uma praça onde as lojas mais caras ficavam.
Conforme andava a Capitã do Book of Shadows reconhecia muitos tesouros preciosos que ali estavam chamuscados e cobertos de sujeira e lama. O local era totalmente desolado, a capitã não sabia bem o motivo, mas sentia que era perigoso andar em local aberto, pois a paisagem denunciava os horrores que ocorreram naquelas terras.
Enquanto andava entre os destroços do mercado do porto, sem querer ela pisa em um osso, algo que um dia foi humano, mas hoje não passava de uma crosta de cálcio. O barulho daquele osso se quebrando sob seus pés foi fraco, mas foi o suficiente para fazer alguns corvos voarem alto enquanto gritavam para o céu avermelhado.
A tarde se esvaia e enquanto os corvos sumiam no céu a capitã pode escutar vozes ao longe.
willow
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Assunto: Re: Área de Atracação Qua 4 Jul - 23:26
Andando pelas ruínas do que um dia fora um mercado, Willow se perguntava o que será que tinha acontecido por ali. As informações que tinha sobre Vasta não eram muitas. Aparentemente o reino não mantinha uma comunicação com outros continentes, nem tinha costume de enviar emissários. O pouco que se sabia era de viajantes, e eles não aparentemente não estavam passando por ali há algum tempo. Seu instinto pirata a todo momento era posto a prova toda vez que via alguma coisa de valor que ainda estava em bom estado, mas logo lembrava de que não era esse o objetivo de estar ali. O saque poderia ficar para depois.
Citação :
O barulho daquele osso se quebrando sob seus pés foi fraco, mas foi o suficiente para fazer alguns corvos voarem alto enquanto gritavam para o céu avermelhado.
A tarde se esvaia e enquanto os corvos sumiam no céu a capitã pode escutar vozes ao longe.
Assim que ela sentiu o osso quebrando logo abaixo de sua bota a Capitã ficou imóvel, apenas observando os sons a sua volta. Ela olha rapidamente os corvos e segura a espada na bainha. Tinha escutado vozes, mas não sabia se seria seguro se aproximar. Ela faz um sinal para o papagaio ficar quieto e segue em direção as vozes cautelosamente.
Narradora
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Assunto: Re: Área de Atracação Qua 11 Jul - 18:00
Conforme se aproximava do centro do que um dia fora o mercado principal do porto, a capitã podia ouvir cada vez mais alto as vozes afobadas =. O que antes era um pequeno murmurio, aumentava a cada passo cuidadoso que Willow dava.
- Temos que ir embora, ante que eles nos achem... mas...mas estou com fome. - Não seja idiota Caty, precisamos comer... Cala a boca e me deixe procurar.. - Mas Carl.. - CALA A BOCA..
Por de trás dos destroços de alguma loja, a capitã pode observar duas pequenas crianças, um garotinho alto que devia ter uns 11 anos e uma pequena menina com no máximo oito anos. Ambos tão magros e sujos que a capitã demorou a identificar o sexo deles.
O garoto procurava por algo desesperadamente entre os destroços, a cada alguns segundos ele sempre levantava a cabeça e olhava em volta preocupado, para logo em seguida começar a mover o lixo a sua frente.
willow
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Assunto: Re: Área de Atracação Qua 11 Jul - 20:00
A medida que a capitã avança, consegue distinguir que as crianças catavam algo nos escombros, possivelmente estavam procurando por comida. Ela se esgueira entre algumas estruturas furtivamente, procurando fazer o mínimo de barulho possível.
Enquanto se encosta em um pilar próximo das crianças, Willow começa a mexer em seu bolsão. Mantendo o olhar nas crianças ela começa a cavucar dentro da bolsa até achar um pedaço de pão. Ela não sabia ainda como se aproximar, se ela conseguisse conversar com as crianças poderia saber melhor o que tinha acontecido ali.
Com o pão em mãos a capitã avança lentamente em direção as crianças. Assim que elas fizessem contato Willow ofereceria o pão.
- Calma, não precisam ter medo.
Narradora
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Assunto: Re: Área de Atracação Qua 11 Jul - 20:28
Enquanto Carl procurava incessante por algo o que dar de comer a sua irmã, Caty estava sentada e emburrada próximo a ele. Então a garotinha começa a cutucar seu irmão com os olhos arregalados, Carl que estava alerta se vira rapidamente com uma lamina enferrujada e quebradiça apontada em direção a capitã.
willow escreveu:
- Calma, não precisam ter medo.
- Q-quem é vc... - Olha ela não é um orc, e ela tem comida - cochichou a menina para seu irmão. Logo em seguida ela se levantou e correu até o pão, agarrando-o como um animal.
- Espera Caty.. pode estar envene... - Mas já era tarde.. a garota repartiu o pão em dois e praticamente engoliu sua metade enquanto apontava a outra para Carl. Ele então se aproxima devagar e pega o pão...
- Quem é vc ... vai nos levar como escravos né ... - Disse enquanto comia sua metade do pão.
willow
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Assunto: Re: Área de Atracação Qua 11 Jul - 20:46
A velocidade com a qual as crianças devoravam o pedaço de pão causou um pouco de entristecimento na capitã. Já tinha visto muitas crianças pobres em cada porto que atracava, mas o estado que se encontravam aquelas duas crianças era muito pior.
- Orc? Não, eu sou humana. Venho de muito longe. - Ela senta na pedra ao lado da menina. - Ainda estou me acostumando com esse lugar.
A capitã puxa uma garrafa de rum do bolsão, dá um gole e oferece as crianças.
- Eu preciso chegar em um lugar. Talvez vocês possam me ajudar. Mas não se preocupem, ninguém vai ser escravo de ninguém.
Narradora
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Assunto: Re: Área de Atracação Qua 11 Jul - 21:19
willow escreveu:
- Orc? Não, eu sou humana. Venho de muito longe. Ela senta na pedra ao lado da menina. - Ainda estou me acostumando com esse lugar.
Caty olha para cima, tentando olhar no rosto da capitã ... aos poucos vai se aproximando até ficar a quase um palmo de distancia. Carl se mantinha em pé de frente as as duas, de vez em quando olhava para os lados com uma preocupação que não combinava com sua idade.
willow escreveu:
A capitã puxa uma garrafa de rum do bolsão, dá um gole e oferece as crianças.
- Eu preciso chegar em um lugar. Talvez vocês possam me ajudar. Mas não se preocupem, ninguém vai ser escravo de ninguém.
Caty agarra a garrafa e nem mesmo prestava a atenção no que Willow falava, ela dá uma grande golada achando que era água, assim que o líquido escorre por sua garganta ela começa a tossir, o rum sai pelo nariz e boca e a menina fica vermelha e com os olhos cheios de água..
- ISSO QUEIMAA... COARF ,,,CAF ...
- Cala a boca - Diz Carl enquanto tira a garrafa das mãos da irmã... - Quer trazer eles pra cá. - Talvez a gente pode te ajudar moça.. a gente nasceu aqui e conhece bem. Mas não é boa idéia andar por aí, e também não sairá de graça..
O garoto toma um gole moderado do rum.. faz uma careta e devolve a garrafa para a capitã.
willow
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Assunto: Re: Área de Atracação Qua 29 Ago - 17:59
Willow pega a garrafa da mão do menino e toma um longo gole antes de fechar e guardar de volta no bolsão. Ela então levanta da pedra e fala olhando para o horizonte.
- Ok. Vocês me apresentam o lugar e eu apresento a ponta da minha espada pra quem se meter no nosso caminho.
Ela sorri e passa a mão no cabelo do menino, deixando desarrumado.
- Bom, nada é de graça né? A gente discute o pagamento quando chegar no local. E se por acaso eu morrer vocês podem ficar com o conteúdo desse bolsão e com esse papagaio inútil...
- Rááá...nada engraçado...ráááá
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Assunto: Re: Área de Atracação Qui 30 Ago - 9:23
Carl faz uma careta quando a capitã mexe em seu cabelo, porém logo em seguida sorri para o papagaio:
- Bom, me siga então moça...vou te levar até onde moramos e talvez você consiga o que quer por lá..
O garoto começa a andar pelas ruínas do porto, desviando dos entulhos maiores e mexendo em alguns montes de lixo. Conforme caminhavam a capitã percebia a agitação de Carl, as vezes ele abaixava e pegava alguma quinquilharia velha ou quebrada e guardava em um saco de pano que carregava nos ombros.
Certo momento o garoto achou o corpo de uma boneca sem cabeça, que estava completamente tomada pela sujeira, e com algumas partes do corpo amassadas, ele então se virou e entregou a boneca para a irmã. Caty agarrou a boneca com uma alegria imensa, e deu um grande abraço no irmão.
Eles logo voltaram a andar e o fim da tarde se transformou em noite rapidamente. Willow pode perceber que já tinham saído do centro do porto, pois as ruas em volta começavam a ter mais construções de casas abandonadas, talvez estivessem entrando em alguma vila, talvez a vila que o garoto citou anteriormente.
A noite era escura, pois a lua não apareceu por aqueles lados, quase nada era visível pois não havia nem sequer uma luz de fogueira próxima. Aquele lugar era simplesmente um cemitério de casas antigas. A única coisa audível era os passos certeiros de Carl e os passos inseguros de Caty, que a muito tempo já agarrara a roupa suja do irmão, e não soltara mais.
Então o garoto parou de andar abruptamente, sob um reclamar baixinho da irmão que esbarrou nele, com o cessar dos passos o silêncio foi absoluto, e a capitã pode ouvir ao longe vozes que se aproximavam, junto as vozes uma luz fraca começava a aparecer, talvez uma lamparina, e por fim uma risada grotesca que ecoou no silêncio da noite.
willow
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Assunto: Re: Área de Atracação Ter 11 Set - 12:45
Willow acompanhava as crianças que iam mata a dentro em direção a um possível vilarejo. Tudo era novo e desconhecido para a Capitã, e ela mantinha seus olhos atentos a toda e qualquer movimentação. Quando eles param de caminhar e escutam uma movimentação estranha por perto, Willow indica para os garotos se esconderem atrás do que ela acreditava ser um casebre. Ela faz um gesto de silêncio para eles, e deixa o bolsão e o papagaio com as crianças. Então se encostada nas construções e começa a caminhar furtivamente para tentar ter uma melhor visualização de quem se aproximava. Uma das mãos já estava posicionada na Bacamarte Curta, pronta para dar um tiro certeiro. A outra mão já estava próxima a espada. Willow se aproxima mais da borda da construção, esperava ter uma visão mais limpa daquela posição.
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Assunto: Re: Área de Atracação Qua 12 Set - 7:38
- Ela achou que eu ia pagar… hahahahahahahha… fez todo serviço e no fim seu único pagamento foi ser entregue de mascote para Ogar. - Haahahahahahaha…. Essas meninas de vida fácil só devem ter um único destino, servir os orcs como as putas que são… hahahahahahha
Os homens apareceram no campo de visão de Willow, eles carregavam canecas de alguma bebida na mão, e um deles carregava uma tocha acesa acima da cabeça. Pareciam estar totalmente bêbados, e um deles estava sem camisa.
- Amanhã vou levar outra puta pra ele, talvez assim ele permita que continuemos a viver por aqui sem muitas preocupações.
Pelo que a capitã pode perceber da breve conversa, os homens serviam a Orcs e pior … traindo sua própria espécie. Eles dobram uma rua próxima e começam a se distanciar, porém quando a capitã pensou estar longe de perigo, Caty derruba a boneca que a pouco ganhara e a mesma cai fazendo barulho entre destroços de metal.
O homem sem camisa para e se vira tentando enxergar algo além da escuridão:
- Relaxa sua besta, deve ter sido um rato.
- Um rato…se for uma ratazana gorda daria um bom jantar pra minha mula.
Ele então começa a se aproximar do ponto onde Willow estava e cautelosamente aponta a tocha para o chão tentando encontrar o animal que julgara andar por ali.
willow
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Assunto: Re: Área de Atracação Qua 12 Set - 11:11
Desde que tinha chegado nesse mundo, há quase um ano, Willow tinha aprendido algumas coisas. E dentre elas estava: orcs são ruins. E se aqueles caras estavam metidos com orcs, e se os orcs tinham sido a derrocada de Vasta, então ela precisava dar um jeito nisso.
A aproximação de um dos homens fez a capitã se esgueirar ainda mais na parede, ficando totalmente encostada na mesma. Puxar a espada ou sacar a arma agora não seriam boas opções, ela também não podia enfrentar todos ao mesmo tempo, pois estava em desvantagem. A melhor estratégia era esperar o homem se aproximar e cravar a faca, que estava no seu cinto, diretamente na garganta do cidadão.
Dessa forma, com a faca em mãos e totalmente encostada na parede, Willow aguardava o seu adversário...
Narradora
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Assunto: Re: Área de Atracação Qua 12 Set - 12:13
A bebida deixava sua visão turva, porém ele ainda pretendia encher sua caneca outras diversas vezes, ele se curva um pouco mais para o chão tentando enxergar onde sua tocha iluminava, seus olhos não focavam bem e quanto mais abaixava, mais zonzo ficava.
O homem então decide se levantar e ir embora deixando o jantar de sua mula para trás. Porém quando ele se levanta estava exatamente na frente da capitã.
- HEEY
willow
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Assunto: Re: Área de Atracação Qua 12 Set - 12:25
Por alguns segundos Willow achou que não ia precisar sujar as mãos...mas como nada nunca sai como planejado agora era a hora de se virar...
Quando o homem percebe sua presença, acaba também por perceber a presença de um objeto cortante em seu estômago. Segurando com uma mão o ombro do homem, com a outra a capitã girava a adaga mais e mais dentro da carne. Não importava se ele ia gritar ou não. Assim que o outro se aproximasse já estaria automaticamente na mira de sua pistola.
Narradora
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Assunto: Re: Área de Atracação Qua 12 Set - 12:40
O homem teve seu grito cortado pela dor, uma pontada lancinante lhe subiu pela barriga causando calafrios na coluna, a tocha que carregava agora estava no chão, ele tentou agarrar a mulher que o atava mas ela o segura com uma experiência de luta que ele como o covarde que era nunca teve.
Agonizando ele olhou em direção a seu colega de copo, e o viu se aproximando correndo e então apenas escuridão.
Não dava para enxergar muita coisa, afinal a única fonte de luz que havia ali, seu parceiro tinha levado, porém assim que ele ouviu o grito se virou e teve tempo de ver seu parceiro ser atingido, antes que a tocha de fogo caísse de suas mãos e virasse apenas uma chama levemente alimentada pelo ar.
Ele então correu em direção a esse foco de luz, onde ao lado jazia o corpo do seu amigo e assim que se aproximou ouviu um som que o fez gelar.
willow
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Assunto: Re: Área de Atracação Qua 12 Set - 13:01
Willow carregou a arma e encostou o cano na testa do segundo patife. Com movimentos rápidos ela já havia passado a faca para a mão esquerda e agora limpava a lâmina no tecido da calça. Sem tirar os olhos do rosto do homem, ela começa a falar. - Se você fizer qualquer movimento que eu não goste, os pedaços do teu cérebro vão decorar o chão. Isso se tiver um cérebro aí dentro.
Ela guarda a faca novamente na cintura, na parte de trás e continua.
- Eu to aqui me perguntando qual destino merece um verme que vende mulheres...ainda mais para orcs...e eu não consigo decidir...talvez se você me dissesse onde os orcs estão eu pensasse melhor na tua situação...
Narradora
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Assunto: Re: Área de Atracação Qua 12 Set - 13:45
A tocha permanecia caída no chão, e sua fraca chama não chegava a iluminar o rosto do homem além do queixo, porém Willow pode perceber que sua respiração estava rápida e entre cortada.
willow escreveu:
- Se você fizer qualquer movimento que eu não goste, os pedaços do teu cérebro vão decorar o chão. Isso se tiver um cérebro aí dentro.
Nesse momento Carl se aproxima devagar, pega a tocha no chão e ainda atrás da capitã levanta a tocha até a altura do rosto do homem. Com uma melhor iluminação Willow pode perceber que apesar de estar com o rosto brilhando de suor o homem estava sorrindo.
willow escreveu:
- Eu to aqui me perguntando qual destino merece um verme que vende mulheres...ainda mais para orcs...e eu não consigo decidir...talvez se você me dissesse onde os orcs estão eu pensasse melhor na tua situação...
- Hahahaha … você acha mesmo que me assusta mais do que aquelas bestas que dominam essa porra de reino ?? O que você pensa em fazer comigo, eles farão mil vezes pior se eu contar onde eles se encontram quando não estão em Turnuru...
O homem então se cala percebendo que já falou demais, poucos sabiam que os Orcs tinham uma base fixa fora da cidade-montanha e não seria ele a entregar essa localização.
- Faça o que você quiser cadela… você é apenas mais uma mulher de merda que teve a chance de por as mãos numa arma.
O homem falava de mulheres como se elas fossem um objeto descartável e Willow pode sentir em sua voz como aquele homem desprezava as mulheres. Porém por mais que as palavras fossem corajosas, o homem tremia da cabeça aos pés, e um cheiro forte de urina chegava aos poucos nas narinas de Willow.
willow
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Assunto: Re: Área de Atracação Qua 12 Set - 14:34
A capitã apenas escutava e observava os latidos proferidos pelo homem a sua frente. Ela ergue uma sobrancelha quando ele fala Turnuru, deveria ser uma cidade ou algum local, teria que averiguar com Carl mais tarde.
Existiam poucas coisas que Willow aguentava na vida. Ela tinha vivido rodeada por homens a vida toda. Bons homens, alguns bons com ela e não tão bons com outras mulheres. No seu mundo, prostitutas eram tratadas frequentemente com descaso e violência. Talvez por presenciar tanta coisa nos seus vastos anos entre o oceano e terra firme, seu desejo nunca foi despertado por homens...
BANG
O estalido foi seco. O homem nem conseguiu terminar de urinar nas calças. A cara séria da Capitã poderia assustar os pequenos, mas naquele momento o seu único pensamento era que agora existia menos um verme naquele mundo.
Ela vira para Carl, ainda séria, mas aos poucos fazendo que sua expressão fosse ficando mais amena as crianças que a acompanhavam.
- Onde fica isso? Turnuru??
Narradora
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Assunto: Re: Área de Atracação Qua 12 Set - 15:14
Ao se virar para as crianças, Willow pode verificar que Carl não parecia surpreso, Caty tremia e tinha os olhos marejados, porém Carl nem mesmo alterou a expressão diante a morte do homem, isso fez com que a capitã pensasse em quantos horrores aquele pequeno garoto já havia vivido.
willow escreveu:
- Onde fica isso? Turnuru??
Carl entregou a tocha para a capitã e se abaixou para que – com um certo esforço - pegasse no colo a irmã que tremia e não parava de olhar para o cadáver.
- Eu acho que ele se referia a Turnurulon moça… Segundo os adultos lá da aldeia é a cidade da montanha, fica muito longe. Não sei bem onde é.
Apesar do garoto ser frio e rígido, ele não passava de um garoto preocupado em proteger a irmã, suas informações eram limitadas e Willow não conseguiria muito mais informações sobre aquele lugar.
O menino volta a andar, seguindo pela rua que os dois homens vieram. Caminharam um pouco mais, o que para a capitã pareceu cerca de 30 minutos. Logo então entraram em um vilarejo, e Willow percebeu a extensão da Pobreza em que aqueles garotos viviam.
CONTINUAMOS NA VILA EM RUÍNAS
Ninja
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Assunto: Re: Área de Atracação Sex 14 Set - 21:37
Tatsu chega até a área de atracação do antigo porto. Fazia algum tempo que não pisava ali, mas não havia mudado muita coisa. O cenário era triste, e isso nunca mudava. Manter a atenção era sempre essencial, não estavam mais na floresta, e a qualquer momento poderiam ser notados e atacados pelos orcs, então preucação nunca era demais.
-Sophy-chan...chegamos ate aqui...qual o proximo destino? Atenção redobrada, procurava tambem qualquer coisa que lhe fosse util por ali.
Sophytia
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Assunto: Re: Área de Atracação Seg 17 Set - 15:09
Sophytia caminhava compassadamente, quando finalmente saíram da floresta e emergiram na planície que levava ao Porto. Seus olhos doíam com a claridade, ela então levou as mãos sob a testa a fim de melhorar a visão. Nenhum perigo se aproximava e nem estava nas redondezas, ela continua a seguir pelo porto, sempre andando devagar e observando algo que poderia ser útil ao Refúgio:
- Me parece que tudo o que poderíamos extrair daqui .. já foi pego.
Ela andava devagar, olhando fixamente nos escombros, nada ali era útil, nada mais restara.
- Bom, seguiremos então para as vilas, ver se achamos algo útil, ou alguém… e depois partimos mais para o centro… Eu estava querendo tentar chegar até o centro para ver o que sobrou e se ainda é povoado por algum sobrevivente ou mesmo Orcs, por isso temos que ser cautelosos.
Ela segue caminhando atentamente, empunhando seu arco, porém andando com o mesmo apontado para o chão.
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Número de Mensagens : 3224 Idade : 28 Localização : Entre o vale da morte Data de inscrição : 11/05/2010
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Assunto: Re: Área de Atracação Ter 18 Set - 11:17
Tatsu tristemente observa o vazio do porto, embora fosse pouca a esperança de encontrar algo, a decepção por não achar nada ainda era uma decepção.
-Sigamos para a vila então. - Finalizou de maneira natural.
Mantinha sua espada de maneira a fácil saque, enquanto em um dos dedos mantinha uma kunai pronta para uso.
Narradora
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Assunto: Re: Área de Atracação Ter 18 Set - 12:24
*** Tatsu e Sophytia ***
Ambos caminhavam atenciosamente, olhando o escombros caídos pelo chão. Nada ali era de grande utilidade, e ambos se empenhavam em analisar cada área que poderia esconder algo.
Após algum tempo andando eles já estavam se afastando do centro do mercado do Porto, quando algo chama atenção dos mesmo. Ao longe parecia apenas mais um amontoado que se misturava a paisagem, porém conforme caminhavam, pode-se distinguir dois corpos ao chão. Um caído de bruços, com uma enorme mencha de sangue seco em volta de sua barriga, o outro caído para tráz, com pernas e braços abertos, e a cabeça estourada por um buraco que eles raramente viam.
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Assunto: Re: Área de Atracação Qui 20 Set - 20:48
A frustração crescia, conforme nada de util era achado. Embora não fosse, cada vez mais parecia que tal empreitada seria em vão. Mesmo sendo apenas o começo, era dificil não desanimar, tamanha a falta de sucesso em achar algo. Sua vontade por encontrar algo deve ter sido tão forte, que quando ele achou, ele ficou surpreso. Dois corpos, largados na praia. Ao examinar os corpos, percebeu estranhas perfurações, a qual ele achava ja ter visto...mas aonde? Balançou a cabeça, tentando tirar isso da mente, a oportunidade havia aparecido, e eles deveriam aproveitar, ele avança em direção aos corpos, sempre mantendo a atenção, e começa a revirá-los. Roubo de cadáveres, uma das coisas mais desonrosas que existia para um samurai, porem, os tempos era desesperados e pediam medidas deseperadas. Honra não enche a barriga de ninguêm, alimento sim. [...] Terminado a pilhagem, Tatsu guarda o que pode achar na bolsa e novamente olha para Sophytia, esperando uma decisão do que fariam agora.
Sophytia
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Assunto: Re: Área de Atracação Seg 24 Set - 8:51
Sophytia caminha devagar até os corpos, e enquanto Tatsu o saqueava, ela estava de pé ao lado do mesmo, de guarda com o arco e flecha em posição.
Ela olha para seu parceiro e percebe o desconforto do mesmo, porém eram tempos difíceis, e eles precisam de qualquer ajuda que poderiam encontrar. Assim que ele termina a pilhagem e olha para ela, ela movimenta a cabeça em direção as ruas que seguiam ao centro de Vasta, e começa a caminhar.
Sempre cautelosa ela caminha meio abaixada observando os cantos mais escondidos dos destroços, em prontidão para qualquer ataque.
Narradora
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Assunto: Re: Área de Atracação Seg 24 Set - 12:43
*** Sophytia e Tatsu***
Tatsu se abaixa vasculhando os corpos, porém nada de útil foi encontrado. Havia pedaços de carne seca que estavam parcialmente comidos, além de algumas tiras de couros e chaves antigas e enferrujadas.
Por algum tempo eles caminharam atentos, porém não encontraram nada além da desolação de sempre. Sophytia e Tatsu passaram pela Vila dos Mercadores, que sempre visitavam atrás de suprimentos, porém como sempre seguiram em direção oposta a pequena vila escondida, não descobrindo assim que havia um grupo de pessoas a espera de um herói.
Pouco depois de saírem da Vila dos Mercadores que estava em ruínas, eles chegam a estrada que levava ao centro de Vasta. *********************************
Continuem em "Ruas de Vasta"
Última edição por Narradora em Seg 24 Set - 16:22, editado 1 vez(es)
Lucith
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Ficha Vasta Jogador: Lucith Sexo: Feminino Raça: Humana/tiefling
Assunto: Re: Área de Atracação Seg 24 Set - 14:58
A vista no horizonte, uma escuna poderia ser avistada. Suas velas negras e mal costuradas, junto do padrão escuro da madeira, anunciava que não era um bom sinal. A tripulação, tão nefasta quando o padrão do veículo era composta de dois orcs, e uma recém capturada vítima.
_Achou que não a encontraríamos roubando nossos suprimentos?! ACHOU ERRADO HUMANA!!! - o primeiro orc apertava a bochecha da jovem que estava presa de ponta cabeça no mastro. - O QUE ACHA QUE DEVEMOS FAZER COM ELA?!
_ACHO QUE PODEMOS USAR SUA PELE PARA REVESTIR O LEME, WUAHAHAHAHHAHAHA.
Os dois orcs riam em meio a roncos e barulhos desagradáveis. Mas a moça não emitia um som sequer, além de um entornar de lábios em desaprovação ao bafo cadavérico daquela criatura.
_POR QUE NÃO SUPLICA CRIATURA?!?! - Batia nela indignado pela falta de gemidos de socorro, e ela mesmo à dor não conseguia emitir um som. - ESTOU FICANDO ENTEDIADO.
Atrás das costas, suas mãos mal amarradas por orcs incompetentes discretamente se libertava, em busca de alcançar um pingente de uma de suas pulseiras, e entre as cordas que prendiam o pé, um pequeno réptil se esgueirava, afiando deus dentes nos nós mal feitos.
_DEIXE-A. LOGO O COMANDANTE SABERÁ COMO FAZÊ-LA FALAR, E PODEREMOS ASSISTIR ENQUANTO COMEMOS, HEHEHEHEHE.
O orc buffa e a empurra indignado, para que balançasse desconfortavelmente como um pêndulo sem destino, mas para Aisha, essa era a oportunidade perfeita! Ela estala os dedos atrás dando o sinal, e o pequeno réptil dá a dentada final! A menina pela força da física é arremessada para trás, imediatamente libertando as mãos juntos do resto das cordas.
_MAS O QUE?!
Dentro de sua mente, uma voz masculina dá o sinal: "Agora Aisha! Deixe que eu cante um som que os perturbará!" - ela responde apenas afirmando com a cabeça, e da pulseira cresce um pequeno instrumento! Um som fantasmagórico ecoa pelo ar, tomando o ambiente como uma força de alta potência, abalando os tímpanos e quebrando o equilíbrio dos dois orcs mal treinados!
Enquanto eles tampavam seus ouvidos assustados, Aisha corre para pegar a sacola que tentou roubar dos orcs, e pula direto na água! O mar, imundo e escuro, acaba por se tornar seu aliado, e assim ela nada em direção à praia.
Narradora
Número de Mensagens : 262 Data de inscrição : 28/05/2009
Assunto: Re: Área de Atracação Seg 24 Set - 15:15
*** Aisha ***
Aisha nada incansavelmente em direção a praia, atrás de si, na grotesca escuna os Orcs ainda se debatiam com as mãos no ouvido, não olhando muito bem para onde a pequena ladina fora.
Conforme nadava os grunhidos de dor e ódio iam enfraquecendo e logo ela já não enxergava a escuna, parte disse por entrar no Porto de Vasta, um lugar onde muitos pedaços de madeiras, destroços de embarcação e criaturas marinhas mortas boiavam na água. Logo sua preocupação não era mais os orcs, e sim evitar que qualquer coisa naquelas águas sujas lhe entrasse na boca.
Ela então chega a praia, saindo da água sente a área dura e fétida grudar em seus pés, as leves ondulações de água que quebravam na areia, traziam farpas de madeiras e algas marinhas mortas. No horizonte os orcs não apareciam, por hora ela estava segura.
Olhando melhor ela pode perceber que a cerca de 10 metros a sua direita, perto a uma construção de madeira mofada estava um imponente navio, o mesmo era enorme e chamativo, típico navio que guardaria muitas riquezas em seu interior, porém as bandeiras piratas que ostentava eram um aviso de cautela.
Logo a frente de onde ele estava atracado, se seguia uma espécie de mercado, porém completamente destruído, e estradas que entravam mais profundamente no lugar.