Afastado do centro do pequeno vilarejo, quase em meio a floresta que subia no pé da montanha havia um casebre simples, com madeiras e tijolos de barro resistentes, grande parte era coberta pelo musgo e os poucos raios de sol que entravam através da copa das árvores, não chegavam a iluminar a casa por inteiro.
Tinha apenas um quarto, onde coberta com diversas peles de animais uma enorme cama
ocupava quase todo espaço, muito livros e velas cercavam sua cama, como quem sempre estava em busca de mais conhecimento.
Em uma sala com uma lareira que sempre estava acesa onde mais peles de animais cobriam o chão,
alguns pergaminhos e livros antigos podiam ser vistos espalhados pelos cantos,
mapas cobriam a maior parte da pequena estante que estava ao fundo do ambiente,
e uma cozinha pequena e simples que quase nunca era usada.
Lá morava Sophytia, uma mulher sozinha que tinha aparência fria e dura, mas que realmente não
era assim. Ela fazia parte do grupo de caça que buscava alimento fora da proteção da montanha
para que os Refugiados não passassem pelo terror da fome que todos viveram em Vasta.
Morava no Vilarejo havia 9 anos, desde que em meio a uma caçada para alimentar-se encontrou
um grupo que dizia conhecer um lugar onde refugiados de Vasta viviam em harmonia, cansada
da vida solitária que vivia desde a morte de sua mãe, Sophytia resolveu segui-los.
E assim desde aquele dia, ela protege o Vilarejo com toda devoção, pois em sua cabeça a
segurança daquelas pessoas dependia dela e dos outros guerreiros que ali viviam, pois os
Deuses já não olhavam pelos mortais, e assim a fé que a alimentara quando criança deixou
de existir ha muito tempo.