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| | Segundo andar | |
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Autor | Mensagem |
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Narradora
Número de Mensagens : 262 Data de inscrição : 28/05/2009
| Assunto: Segundo andar Qua 15 Ago - 13:11 | |
| Subindo as escadas ao canto mal iluminado do salão da taverna, chegava-se ao segundo andar. As escadas acabavam em um mal iluminado corredor, onde duas portas estavam dispostas uma de frente para a outra. No fim do corredor um espelho estava posicionado de forma que refletia todo o corredor novamente até o fim da escada. E nada mais podia ser visto entre as luzes bruxuleantes. | |
| | | Narradora
Número de Mensagens : 262 Data de inscrição : 28/05/2009
| Assunto: Re: Segundo andar Qua 15 Ago - 13:14 | |
| *** Ferrys ***
Ferrys chegou ao fim da escada e se deparou com um corredor médio escuro, com algumas pequenas luzes amarelas dançando pelo lugar.
Ele pode observar um reflexo que por um momento fez seu corpo gelar, mas frações de segundos depois ele constatou que se trava do seu próprio reflexo em um grande e emoldurado espelho ao fim do corredor.
Aproximadamente ao meio do corredor, haviam duas portas uma de frente para a outra, a da direita estava totalmente encostada enquanto a da esquerda tinha uma fresta entreaberta. | |
| | | Andarilho
Número de Mensagens : 78 Data de inscrição : 03/12/2010
Ficha Vasta Jogador: FireStorm Sexo: Masculino Raça: Humano
| Assunto: Re: Segundo andar Qui 16 Ago - 17:01 | |
| Após se recompor do susto, Ferrys começa a se aproximar das portas, vagarosamente. Por várias vezes, olha para trás, certificando-se de que ninguém o notara ali em cima.
Ao chegar nas portas, decide ser cauteloso, e observar pela porta entreaberta, imaginando que abrir a outra porta poderia causar mais barulho que o necessário. | |
| | | Narradora
Número de Mensagens : 262 Data de inscrição : 28/05/2009
| Assunto: Re: Segundo andar Sex 17 Ago - 7:48 | |
| *** Ferrys ***
Ferrys se aproxima da porta entreaberta, porém nada conseguiu enxergar dentro do cômodo, a luz do corredor era fraca demais para que pudesse iluminar muita coisa e tudo o que ele conseguiu identificar foi reflexos fracos do que parecia ser ouro.
Ao se aproximar um pouco mais da porta um cheiro tênue de um ambiente mal arejado lhe invade as narinas… não chegava a ser mofo, mas parecia ser algum tipo de “quarto de bagunça”, o que faz Ferrys imaginar que a outra porta seria o quarto da dona do lugar. | |
| | | Andarilho
Número de Mensagens : 78 Data de inscrição : 03/12/2010
Ficha Vasta Jogador: FireStorm Sexo: Masculino Raça: Humano
| Assunto: Re: Segundo andar Sex 17 Ago - 10:59 | |
| Ferrys não queria gerar nenhuma iluminação diferente no momento, e decide tentar a outra porta. Se for o quarto da dona da taverna, talvez tivesse alguma iluminação lá dentro, para que possa enxergar, sem chamar atenção. | |
| | | Narradora
Número de Mensagens : 262 Data de inscrição : 28/05/2009
| Assunto: Re: Segundo andar Sex 17 Ago - 13:23 | |
| *** Ferrys ***Na primeira tentativa de abrir a porta, a mesma cede e dá acesso ao quarto de Cassandra. Ferrys pode observar uma cama bem ornamentada no centro do ambiente, alguns móveis do mesmo carvalho das mesas do salão enfeitava o quarto, o mesmo era bem iluminado e organizado além de muito bom gosto, não combinava com a mulher simples que comandava a taverna lá em baixo, ali o cheiro de carvalho era forte assim como o verniz que lhe entrava nas narinas. Ao canto no chão do quarto Ferrys pode observar um baú grande entreaberto, e muitos pergaminhos espalhados em volta, porém também havia uma fina camada de poeira, que indicava que nada ali era mexido ha algum tempo. Logo ao lado da cama, em um fino criado mudo Ferrys pode observar uma pequena caixa, ela era de uma madeira velha e esculpida com estranhas caricaturas. Algo chamava a atenção naquela caixa, mais que em todo o quarto. | |
| | | Andarilho
Número de Mensagens : 78 Data de inscrição : 03/12/2010
Ficha Vasta Jogador: FireStorm Sexo: Masculino Raça: Humano
| Assunto: Re: Segundo andar Sex 17 Ago - 15:49 | |
| Ferrys era sempre cauteloso, e deixava parte de sua atenção à porta, sempre verificando se alguém se aproximaria.
E não deixava de seguir sua intuição. Algo dentro dele dizia para verificar aquela caixa, e não ficaria debatendo consigo mesmo, quando o tempo era algo precioso.
Sem perder tempo, aproxima-se da caixa, curioso, e tenta abri-la, verificando o que há dentro. | |
| | | Narradora
Número de Mensagens : 262 Data de inscrição : 28/05/2009
| Assunto: Re: Segundo andar Seg 20 Ago - 9:55 | |
| *** Ferrys ***Ao se aproximar da caixa Ferrys pode sentir uma forte energia emanando de cada fibra de madeira, as carrancas esculpidas na caixa pareciam se virar para encarar o andarilho, porém quando seu dedo estava a centímetros da mesma, Ferrys escutou passos no corredor. - Rápido Edgar, ponha ela no meu quarto.Ferrys pode escutar a voz abafada de Cassandra já quase alcançando a porta, e ele sabia que tinha cerca de 40 segundos para achar algum esconderijo no quarto. Em uma breve olhada ele pode constatar que a janela tinha grades e vidros intactos, e percebeu que cometera um erro, que qualquer homem em sua posição não poderia cometer...Entrar em um lugar que não deveria estar sem analisar uma rota de fuga. *********************************Off: Ferrys, se baseie na foto do quarto para tentar localizar um possível esconderijo: PS: O quarto não tem guarda roupas, apenas um cômoda grande constituída apenas por gavetas. *** LIV E Tell***
Consideraremos a postagem do Ferrys antes de suas ações. | |
| | | Andarilho
Número de Mensagens : 78 Data de inscrição : 03/12/2010
Ficha Vasta Jogador: FireStorm Sexo: Masculino Raça: Humano
| Assunto: Re: Segundo andar Seg 20 Ago - 21:05 | |
| A curiosidade em se aproximar da caixa havia traído seus sentidos. Focado nela, esqueceu de analisar como escaparia de um eventual encontro, que era exatamente o que estava ocorrendo naquele momento.
Observando rapidamente o local, não consegue enxergar outra solução a não ser tentar esconder-se debaixo da grande cama no centro do quarto, e ficar em silêncio até conseguir sair. | |
| | | Narradora
Número de Mensagens : 262 Data de inscrição : 28/05/2009
| Assunto: Re: Segundo andar Ter 21 Ago - 9:29 | |
| *** Ferrys ***
Assim que Ferrys termina de puxar um pedaço do grande casaco que usava para debaixo da cama, a porta do quarto se abre. Passos pesados se aproximam de onde ele estava, porém não era possível identificar quem era, pois as cobertas da cama caiam até o chão, o que por um lado era bom pois o encobria totalmente, mas por outro o deixava sem visão. Ele percebeu que tosses fracas seguiam aquele caminhar, parecia alguém debilitado.
Assim que Ferrys pode ter um breve deslumbre de enormes pés parados ao lado da cama, ele pode sentir um peso sobre o colchão, o que indicava que algo tinha sido depositado na cama.
O chão do quarto era coberto de um tipo de pele usado como tapete, e apesar de o ambiente ser muito limpo os pelos do tapete misturados a pequenas partículas de pó irritavam a garganta de Ferrys que estava tão próximo ao chão.
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*** Liv ***
Sua visão estava turva, ela conseguida distinguir fracamente o ambiente em que estava, pouco após sair de uma escuridão que parecia ser algum tipo de corredor, ela percebe que entrou em um ambiente um pouco mais iluminado. Sua cabeça pendia no braço do homem que a carregava, e ela pode distinguir um teto de carvalho de um vermelho peculiar...
Seria realmente o teto...ou sangue em sua visão?
Pouco depois ela sente um toque macio em suas costas e percebe estar deitada em uma cama grande e confortável, o toque da seda sob sua pele era algo que não se esperava por ali, e por um breve momento ela pode visualizar seu sangue escorrendo do ferimento e manchando a seda branca da cama antes de ser abocanhada novamente pela dor.
Quando a mesma é deitada na cama, o homem que a carregara tira sua arma de suas mãos, mesmo que ela oferecesse alguma resistência, sua força já tão debilitada não foi o suficiente para impedir um homem com tamanha força bruta, porém ele havia escutado os murmúrios da estranha mulher para o gnomo, e ao tirar a arma das mãos ensanguentadas dela, ele a depositou ao lado da cama a menos de um metro da cabeça da mesma.
Liv não percebera, porém assim que seu corpo entra é posicionado ao lado da cama, uma estranha vibração começou a vir de algum lugar do quarto.
**********************************************
*** Quem tem alguma habilidade, toque, ou estudo sobre magia rolem um D10 no início da próxima postagem *** | |
| | | LIV
Número de Mensagens : 139 Data de inscrição : 09/08/2018
Ficha Vasta Jogador: LIV Sexo: Feminino Raça: Meio-elfa
| Assunto: Re: Segundo andar Qua 22 Ago - 17:51 | |
| - LIV efetuou 1 lançamento(s) de dados (D10.) :
- 7
Durante o trajeto até ali, a Donzela da Guerra sentiu duas ou três vezes que perderia a consciência. Mas Legião vibrava em sua mão toda vez que prolongava o piscar dos olhos, de modo talvez imperceptível para os outros, mas que funcionava como um chacoalhão para ela. Um meio sorrisinho atravessava a careta de dor da jovem mulher toda vez que isso acontecia e ela respondia apertando levemente o cabo da agora lança, tranquilizando a arma. Talvez Legião temesse que a morte dela levasse ao despertar de seu antigo Mestre ou um dos seus asseclas, talvez apenas a quisesse acordada para sorver a consciência de sua dor. Gunnhildr não saberia dizer, mas aquilo não importava no momento.
Ao ser deitada sobre os lençóis gemeu de modo aflito e nem tinha se recuperado do impacto de ser deitada sobre os pulmões e teve a arma arrancada de suas mãos. Queria protestar, porém seu último fio de força se esvaiu quando Legião deixou seu contato. O coice de dor foi tão intenso que sequer conseguiu se expressar. Apenas ficou ali parada, os olhos azuis arregalados e a pele que suava frio. Sem o toque da arma abençoada pela Destruição (ou seria maldita?), a dor a alcançava em cheio e a pequena garota de cabelos cor-de-luar parecia ainda mais pálida subitamente. Tinha perdido bastante sangue. Estava irremediavelmente tonta e seus olhos pesavam como âncoras planares enquanto o coração batia como exércitos em marcha.
Com grande esforço, abriu o manto branco, espalhando-o pela cama. E com isso revelou um corpo jovem preocupantemente ferido. Vários hematomas e escoriações diversas, com um grande ferimento na lateral direita do corpo, na altura da cintura. Um ferimento provocado por uma maça-estrela pesada como uma bola de demolição e com pinos que eram como adagas. A moça era bastante pequena e usava uma espécie de roupa de couro fino e maleável que não parecia capaz de defendê-la de combates corpo-a-corpo. Além disso, não era exatamente uma mulher musculosa, como as guerreiras-da-lança costumavam ser. Ao contrário, tinha porte delicado, a pele quase perolada indicando que raramente via a luz do sol. Talvez uma estudiosa? Ela trazia um livro pendurado por uma alça cruzada sobre o ombro. Livro esse que soltou da tal alça e agarrou com a mão esquerda, erguendo-o no ar ao custo de sangue nos lábios.
- Túrenna. - a palavra foi dita em entonação clara e límpida, acima do sangue e da dor, e o livro reagiu a ela abrindo-se sozinho com um farfalhar de páginas que era como asas de uma revoada de pássaros. Ao atingir o ponto ideal - uma página repleta de símbolos e escritas absolutamente desconhecidas para os demais presentes no quarto - o grimório flutuou com suavidade ao mesmo tempo em que a mão da garota bateu, inerte, sobre o colchão.
Uma luz dourada e confortável, como o sol da manhã, emanava do livro flutuante sobre a cama, banhando o corpo desmaiado da Astróloga. | |
| | | Andarilho
Número de Mensagens : 78 Data de inscrição : 03/12/2010
Ficha Vasta Jogador: FireStorm Sexo: Masculino Raça: Humano
| Assunto: Re: Segundo andar Qua 22 Ago - 22:45 | |
| Ferrys amaldiçoa mentalmente a situação em que se encontrava. A garganta coçava, e ele tentava controlar a respiração, para não ter que tossir, ou pigarrear.
Enquanto se controla, tenta entender o que acontecia no quarto, e procura alguma oportunidade para escapar. | |
| | | Tellwyahonnius
Número de Mensagens : 30 Data de inscrição : 03/07/2018
| Assunto: Re: Segundo andar Sáb 25 Ago - 10:39 | |
| - Tellwyahonnius efetuou 1 lançamento(s) de dados (D10.) :
- 2
Tellwyahonnius subia as escadas ao lado do homenzarrão que carregava a donzela, e cantarolava. Uma antiga cantiga de sua terra natal. Talvez alguém julgasse que as dúzias de canecas de cerveja estivessem afetando. Mas não. O sistema da Horizonte ainda estava operacional, como sua habilidade de falar e compreender a língua dos habitantes demonstrava. Enquanto subia as escadas, Tell girara alguns dos anéis em seu bracelete e ativara o sistema de purificação do invólucro interno. Os filtros agiram, e limparam as toxinas de seu corpo, deixando-o sóbrio instantaneamente. O objetivo da cantoria era apenas acalmar a moça. Passar a impressão que não era nada grave demais.
Ao ser colocada na cama, a moça demonstrava preocupação com sua arma, e fraqueza. Tell compreendeu que havia alguma ligação entre a jovem e a arma. Alguma ligação importante que deveria ser esclarecida em algum momento posterior. A fraqueza era algo a se preocupar mais, e no momento. a jovem perdera sangue demais.
Quando a jovem foi colocada sobre a cama, Tellwyahonnius se virou ao homenzarrão e pediu para que ele se retirasse. Seria necessário remover as roupas da jovem para tratar das feridas, afinal. Pediu que a estalajadeira providenciasse com urgência agulha e linha, água quente, panos limpos e sua aguardente mais forte. Deu instruções para que ninguém entrasse no quarto, exceto pela própria estalajadeira.
Os trajes indicavam uma imensa probabilidade da moça ter ligação com magia, principalmente levando os olhos dela em consideração. Talvez uma maga ou sacerdotisa. Os ferimentos eram chocantes, embora apenas o na lateral do corpo parecesse realmente grave. No que diabos essa jovem teria se metido?
A jovem demonstrava imensa preocupação com a arma, e se remexia o tempo todo. Bigodes, ela está ignorando minhas recomendações deliberadamente para me irritar, ou só está com pressa de morrer?
- Citação :
- - Túrenna. - a palavra foi dita em entonação clara e límpida, acima do sangue e da dor, e o livro reagiu a ela abrindo-se sozinho com um farfalhar de páginas que era como asas de uma revoada de pássaros. Ao atingir o ponto ideal - uma página repleta de símbolos e escritas absolutamente desconhecidas para os demais presentes no quarto - o grimório flutuou com suavidade ao mesmo tempo em que a mão da garota bateu, inerte, sobre o colchão.
Uma luz dourada e confortável, como o sol da manhã, emanava do livro flutuante sobre a cama, banhando o corpo desmaiado da Astróloga. é...
maga.
definitivamente, maga.
Bigodes, tomara que ela não tenha feito algum tipo de magia que inflija dano a quem tocá-la ou coisa do tipo.
Tellwyahonnius mexeu em seu bracelete. Acionou uns botões aqui, outros acolá, girou as engrenagens para a posição correta.
Abriu um dos bolsos do invólucro interno e retirou um pequeno estojo de instrumentos. Tirou uma seringa, e pegou o braço da jovem com cuidado, aplicando-lhe a injeção.
-"Não posso colocá-la para dormir, mas posso aliviar a sua dor. Fique acordada, sim? Converse com este velho cansado. Qual seu nome?"- | |
| | | LIV
Número de Mensagens : 139 Data de inscrição : 09/08/2018
Ficha Vasta Jogador: LIV Sexo: Feminino Raça: Meio-elfa
| Assunto: Re: Segundo andar Sáb 25 Ago - 15:42 | |
| A doce inconsciência mal chegou a cobrir seus olhos e a garota sentiu uma fisgada aguda no braço. Legião vibrou em ódio sobre sua cabeça e a jovem abriu os olhos, dando com o grimório flutuando sobre seu corpo e o velho gnomo abandonando uma espécie de seringa que possivelmente tinha acabado de empregar nela. Contra ela - sentia que Legião se ergueria para decapitar o senhor se pudesse, batendo-se contra as amarras de forma audível. A arma tinha voltado à sua forma original - uma gigantesca espada, maior que o gnomo, com dois palmos de lâmina na parte mais fina, e o punho envolvido em uma corrente. Uma espada negra e reluzente, afiada como se nunca pudesse cegar-se. Ainda mais forte do que em formato de lança, a arma desdobrava uma aura violenta de aniquilação.
- Socair... Gunnhildr gu math. - o sussurro da jovem mulher fez cessar completamente a vibração da arma que permaneceu ali, inanimada como deveria ser. Um pequeno sorriso cruzou os lábios da moça, como se a espada fosse uma criança que tivesse acabado de educar. Seus olhos profundamente azuis fixaram-se então no gnomo - Maceração de papoula? - ela mexeu os dedos da mão esquerda e o grimório flutuou suavemente um pouco mais para cima, ampliando o espaço que o ancião tinha para trabalhar em seu atendimento.
A dor estava amortecida, mas também seu tato. Morfina, com certeza. Mas não sabia se os habitantes daquele mundo conheciam a palavra. O embotamento típico da droga começava a alcançar sua mente. Sentiu a língua pesada dentro da boca e os músculos se tornaram como chumbo. O gnomo havia aplicado uma dose altíssima.
- Eu tchenho shangue dosh elvosh. - maravilha, agora estava falando enrolado - Elv... Elfosh. - suspirou, nitidamente exasperada, e afastou os cabelos cor-de-luar para trás das orelhas, olhando para o gnomo como quem pede atenção - Mash shou anotomicamentche... raiosh de morfina! - ela fazia uma carinha brava e fechou os punhos com força, dando um pequeno soquinho no colchão - Fenótchipo humano... Pelo Shangue de Myshtra, malditcha sheja a papoula em todosh osh nove planosh de exishtênshia!
Qual tinha sido a pergunta que o gnomo fizera mesmo? Sua mente girava para longe da dor, que tinha passado a perceber como algo que estivesse acontecendo com outra pessoa. Onde estava? Olhou o teto de madeira avermelhada, confusa e entorpecida. O feitiço da vitória brilhava sobre ela, derramando-se como raios-de-sol do grimório flutuante. Mas estava incompleto.
- Shgaoileasdh... não, raiosh... - a garota respirou de forma lenta e pausada (onde estava a dor para respirar?) e então enunciou - Sgaoileadh túrenna.
A luz que emanava do livro, até então dourada, mudou para um tom alaranjado como o bronze. Os olhos azuis da moça adquiriram um ar satisfeito e ela se voltou novamente para o gnomo, estalando a língua dentro da boca algumas vezes antes de voltar a falar.
- Bem melhor... Agradeço sua intervenção, Mestre Gnomo. Perdão, mas não consegui entender bem seu nome. Telmilorius? Telvirromius? - percebeu que já conseguia mover as mãos novamente e a dor estava tão distante que provavelmente se levantaria e sairia dançando pelo quarto se não fosse pelo sangue que borbulhava até seus lábios toda vez que falava tanto daquela forma - Eu sou... Liv Gunnhildr. Uma Observadora de Astros.
Talvez não devesse entregar seu nome a desconhecidos. Mas, se morresse, o que gravariam em sua lápide? | |
| | | Tellwyahonnius
Número de Mensagens : 30 Data de inscrição : 03/07/2018
| Assunto: Re: Segundo andar Dom 26 Ago - 15:52 | |
| Quando a arma poderosa se convulsionou e assumiu sua forma de espada gigantesca, Tellwyahonnius se sobressaltou, se afastando da moça. A Horizonte percebeu o sobressalto e iniciou a sequência de combate de forma automática. Os anéis do bracelete giraram duas vezes sobre o próprio eixo, alinhando as marcações, emitindo um suave brilho vermelho ao alcançarem a combinação correta. Tell sentiu os faseadores do invólucro interno vibrarem e aquecerem, e percebeu que a Horizonte havia iniciado a sequência. Decidiu interrompê-la, girando os anéis do bracelete de volta a posição anterior. A Horizonte imediatamente cessou a sequência. A moça também havia conversado com sua arma, e ela retornara a aparência menos hostil de antes. Cessadas as hostilidades, Tell puxou uma cadeira para perto da cama onde a moça convalescia e ajeitou seus óculos para observar melhor o ferimento. Havia pouca luz, então ele acendeu a pequena lanterna que havia na lateral da armação de seus óculos. - Citação :
- - Maceração de papoula? - ela mexeu os dedos da mão esquerda e o grimório flutuou suavemente um pouco mais para cima, ampliando o espaço que o ancião tinha para trabalhar em seu atendimento.
A donzela demonstrava conhecimento das artes médicas. Que bom, por mais que apreciasse a companhia animada dos bárbaros para engolir seus litros e litros de cerveja, uma conversa letrada com uma pessoa instruída ainda era a melhor forma de passar tempo. E tinha menos risco de ter lâminas afiadas frequentemente apontadas ao seu pescoço. - Citação :
- - Eu tchenho shangue dosh elvosh. - maravilha, agora estava falando enrolado - Elv... Elfosh. - suspirou, nitidamente exasperada, e afastou os cabelos cor-de-luar para trás das orelhas, olhando para o gnomo como quem pede atenção - Mash shou anotomicamentche... raiosh de morfina! - ela fazia uma carinha brava e fechou os punhos com força, dando um pequeno soquinho no colchão - Fenótchipo humano... Pelo Shangue de Myshtra, malditcha sheja a papoula em todosh osh nove planosh de exishtênshia!
Hum... sangue élfico. Talvez a dose de morfina aplicada fosse grande demais, afinal. Mas, bom... sorte dela. Mal não faria, mas o relaxamento lhe seria ótimo. A moça sentia o entorpecimento da morfina. Por mais que seus protestos fossem adoráveis, Tell desejou que ela se movesse menos. Ainda não tinha noção da extensão dos danos. Tellwyahonnius observou com curiosidade a interação entre a donzela e o livro mágico que flutuava sobre seu corpo emitindo luzes terapêuticas. Faria anotações sobre isso mais tarde. Era um tipo estranho de mágica. - Citação :
- - Bem melhor... Agradeço sua intervenção, Mestre Gnomo. Perdão, mas não consegui entender bem seu nome. Telmilorius? Telvirromius? - percebeu que já conseguia mover as mãos novamente e a dor estava tão distante que provavelmente se levantaria e sairia dançando pelo quarto se não fosse pelo sangue que borbulhava até seus lábios toda vez que falava tanto daquela forma - Eu sou... Liv Gunnhildr. Uma Observadora de Astros.
-"É um prazer conhecê-la, senhorita Liv Gunnhildir, Observadora de Astros. Meu nome é Tellwyahonnius Smivfelheim, um humilde cientista, professor e pesquisador do Planos. Reconheço que os gnomos são um povo excelente em muitas artes, mas possivelmente a de nomear seus filhos seja um de nossos pontos fracos. Por favor, chame-me de Tell, se lhe agradar."- O gnomo fez uma reverência sentado, girando a mão em pompa. A dor fora tratada agora era hora de estancar o ferimento. Onde diabos estava a maldita estalajadeira com tudo o que lhe pedira? Olhou o bracelete e fez alguns movimentos com os anéis girando-os até a combinação emitir uma suave luz vermelha. Pegou a moringa de água que ficava ao lado da cama, na cabeceira, e mergulhou a mão do bracelete nela, e ela ferveu. Piscou os olhos de cores diferentes, talvez pela dor da água fervente, e então retirou a mão. Mudou os anéis de posição mais algumas vezes, até eles emitirem uma suave luz azul pálida, e novamente mergulhou a mão na água. E ela parou de fumegar. -"Senhoria Liv, lamento muitíssimo, mas terei de cortar um pedaço das suas vestes, para poder tratar melhor o ferimento. Manterei pano suficiente para que a senhora se cubra, não se preocupe. Com a sua licença."- Tell piscou o olho roxo para a moça, e em seguida começou a cortar o tecido ao redor do ferimento com uma pequena tesoura que havia em seu kit médico. Após remover o tecido ensanguentado, Tellwyahonnius lavou o ferimento com a água fervida. Maldita estalajadeira lenta. A água estava morna, e não feriu o corpo da moça. -"Os pertences da senhorita são interessantes. Uma arma terrível, mas aparentemente bem razoável de se conversar. E um livro dançarino com luzes. Deve ser um livro ideal para se ler à noite, imagino. Há alguma história por trás de aparatos tão ímpares, que valha a pena ser contada?" - o Gnomo falava com os olhos centrados no ferimento. Girou os anéis do bracelete mais uma vez, e com os instrumentos a sua mão, começou a fechar os pontos de sangramento. Um pedaço da lâmina que atingira a moça de partira no golpe e se alojara nos músculos do abdome, próximo às costelas. Seria necessário remover o pedaço, e isso sim iria doer. | |
| | | LIV
Número de Mensagens : 139 Data de inscrição : 09/08/2018
Ficha Vasta Jogador: LIV Sexo: Feminino Raça: Meio-elfa
| Assunto: Re: Segundo andar Seg 27 Ago - 18:46 | |
| Liv acompanhou a movimentação do gnomo e seus preparativos diversos. Os óculos pareciam conter uma espécie de mini bastão solar, uma minúscula esfera de vidro que emitia luz. Já tinha vistos planos em que os nativos chamavam aquilo de tecnologia: uma forma de aproximar princípios alquímicos de cidadãos comuns, mesmo os mais iletrados. Ou jovens. Viu o gnomo suportar com uma mínima careta o ferver da água. Poderia ter feito isso por ele, sem nenhuma dor envolvida. Mas talvez fosse mais sábio deixar que o pequeno ancião cuidasse das coisas. Estava fraca, afinal de contas. Não apenas fraca. Às portas da morte, ainda que a morfina a tentasse convencer do contrário. - Tellwyahonnius escreveu:
- -"É um prazer conhecê-la, senhorita Liv Gunnhildir, Observadora de Astros. Meu nome é Tellwyahonnius Smivfelheim, um humilde cientista, professor e pesquisador do Planos. Reconheço que os gnomos são um povo excelente em muitas artes, mas possivelmente a de nomear seus filhos seja um de nossos pontos fracos. Por favor, chame-me de Tell, se lhe agradar."
- Gunnhildr. - ela corrigiu a pronúncia do gnomo com um sorriso de cumplicidade no rosto - Não é um privilégio gnômico escolher nomes difíceis. - Tellwyahonnius escreveu:
- -"Senhoria Liv, lamento muitíssimo, mas terei de cortar um pedaço das suas vestes, para poder tratar melhor o ferimento. Manterei pano suficiente para que a senhora se cubra, não se preocupe. Com a sua licença."
A jovem mulher estranhou por um instante a preocupação do ancião. Até que, enquanto este cortava delicadamente o couro preto de suas vestes, entendeu que ele a tratava como uma garota. A morfina certamente ainda fazia bastante efeito ou teria entendido antes a preocupação moral do pequeno cientista - e provavelmente teria rido. Mas, naquele momento, achava reconfortante que seu cuidador a viesse com olhos tão inocentes e positivos. - Tellwyahonnius escreveu:
- -"Os pertences da senhorita são interessantes. Uma arma terrível, mas aparentemente bem razoável de se conversar. E um livro dançarino com luzes. Deve ser um livro ideal para se ler à noite, imagino. Há alguma história por trás de aparatos tão ímpares, que valha a pena ser contada?"
Bom, talvez a visão positiva dele estivesse prestes a mudar. Sentiu o impacto suave da costura e fixou os olhos no teto, sem realmente experimentar dor. Era mais uma espécie de barulho de vibrava dentro de seu corpo com o passar da linha. - Gunnhildr significa Donzela da Guerra no idioma do meu plano de origem. É um título. Construído sobre os ossos dos inimigos e banhado no sangue de deuses.A linha entrava e saía de sua pele. O gnomo havia interrompido o trabalho e parecia fitar com preocupação o ferimento. A jovem olhou para o livro dançarino com luzes. Tinha que dar certo. - Eu sou uma estudiosa dos astros celestes. Uma Astróloga da Ordem dos Magos. Devotei minha vida a observar as estrelas. E fui escolhida como um dos cinco membros do grupo de Guardiões da Filha da Magia. Entretanto... - a moça fechou os olhos, sentindo a vibração da linha nas mãos pequenas e hábeis do gnomo - Nós falhamos.Sentiu o nó se formar na garganta. O pequeno fisicista girava seu bracelete e observava seu ferimento. Definitivamente havia algo de muito errado. Suspirou e sentiu a fisgada, apesar de toda a morfina. Sim, seu pulmão estava perfurado. - O Pai das Mentiras arregimentou um golpe e trouxe a morte à Deusa da Magia. E nós, os Guardiões, perdemos a Criança em meio ao caos que se seguiu à morte Dela. Toda a esperança das Artes Ocultas em meu mundo natal repousa na Filha Perdida, e partimos em busca dela, através dos planos, dos mundos, das realidades. Forjamos uma trilha de sangue e destruição em nossa busca. E assim Legião me achou. A arma fazia parte do arsenal do Deus da Destruição.Com gestos lentos, a jovem esticou a mão sobre a cabeça e tateou em busca do cabo da gigantesca e ameaçadora espada, que pareceu acalmar-se com o toque da mão delicada da meio-elfa. - No início, ela era selvagem e sedenta por sangue. Manteve-me viva, mas foi preciso selar parte de sua natureza violenta. E é por isso que, caso os ferimentos me levem, a arma precisará ser novamente selada. Apenas os selos impedem que seus antigos mestres a encontrem. As lendas dizem que, caso o Mestre de Armas do Deus da Destruição empunhe a Legião, os mundos nunca mais verão o amanhecer.Por maior que fosse a espada negra, era difícil acreditar que um artefato de tamanha importância realmente existisse. - Mas, são apenas lendas. Legião é formidável, mas não é a mais poderosa das armas do Tesouro da Guerra. Quanto ao livro, é um grimório, Mestre Smivfelheim. O meu grimório.A garota sorriu como se aquilo significasse que, de certa forma, o livro fosse uma arma mais poderosa que a grande espada sobre sua cabeça. - O feitiço sobre nós é um encantamento pelo sucesso da cura. Como maga, não sou capaz de curar ninguém, nem a mim mesma. Mas este feitiço amplia as chances de que as intervenções externas resultem em sucesso. Mais que isso, Mestre Smivfelheim, eu posso empurrar minhas costelas de volta para o lugar, mas não emendá-las. Posso retirar o pedaço de metal que sua vista alcançou, mas não impedir a hemorragia que resultaria dessas ações. - os olhos azuis da moça fixaram-se de forma firme no gnomo - Eu vi meus amigos morrerem um a um, gnomo. Vi o choque arrastar nossa clériga sem que eu pudesse fazer nada, vendo-a esvair-se em sangue diante dos meus olhos. Porque quem nos persegue é o Deus da Morte, Mestre Smivfelheim. E nossa missão de resgate é a única coisa que impede este deus de obscurecer para sempre os céus da minha terra natal.A moça sussurrou algo para a arma e retirou a mão do cabo, unindo-as palma com palma. Símbolos de geometria cósmica desenharam-se em luz ao redor de seus pulsos, como pulseiras flutuantes que giravam lentamente. - Eu puxarei as costelas e o cravo da maça-estrela. E meus pulmões sangrarão dentro de mim e o ferimento na lateral do meu corpo derramará o restante de sangue que falta perder para que eu entre em choque. Mestre Smivfelheim, eu sou a Última dos Astrólogos e tenho uma missão: devo resgatar a Filha Perdida da Magia e leva-la de volta para casa. E tenho um inimigo: o próprio Deus da Morte e seus asseclas. E ando em companhia de uma arma que o Deus da Destruição quer de volta. Ao senhor é dada uma escolha, uma grande escolha para um pequeno ancião: deixar-me morrer aqui ou lutar ao meu lado para salvar não apenas a minha vida, mas a esperança de todo o meu plano de origem. Seja qual for o resultado, Mestre Smivfelheim, esta Maga estará em dívida para como o senhor e o seu povo, pelo que restar da eternidade.A moça se calou, encarando o gnomo. Estava pronta e aguardava somente um sinal dele para que pudesse desempenhar as tarefas a que se propôs, arriscando o restante de vida a que se agarrava. | |
| | | Narradora
Número de Mensagens : 262 Data de inscrição : 28/05/2009
| Assunto: Re: Segundo andar Ter 28 Ago - 13:09 | |
| ***LIV*** Rolagem de dados: 7. Quando sentiu sua arma ser-lhe arrancada das mãos Liv foi inundada pela dor, o dossel envolta da cama ganhavam um tom avermelhado, e todo o ambiente escurecia aos poucos na visão da jovem maga. Liv então pode sentir em meio a dor uma forte presença, algo ou alguém muito próximo a ela que parecia roubar-lhe o pouco de vida que circulava em seu sangue, porém essa sensação logo passa e a visão da jovem mulher desanuvia apesar da dor iminente. - LIV escreveu:
- - Túrenna. - a palavra foi dita em entonação clara e límpida, acima do sangue e da dor, e o livro reagiu a ela abrindo-se sozinho com um farfalhar de páginas que era como asas de uma revoada de pássaros.
Assim que o livre se abre, Liv sentiu novamente a presença anterior, porém seu poder era mais forte, parecia sugar-lhe as energias e ter alguma pretenção sobre a áurea mágica que emanava do livro. O esforço que a maga fez foi muito para o pouco de energia que ainda tinha, e pouco antes de cair na escuridão da inconsciência, Liv achou ter visto uma sombra ao lado de sua cabeceira. ********************************* ***Ferrys***Ferrys não sabia o que estava ocorrendo a cima de sua cabeça, porém sentiu os pelos de seu corpo se eriçarem de uma maneira estranha, talvez a adrenalina do momento estivesse mexendo com seus hormônios, mas ele já passara por situações piores, então talvez não fosse aquilo… Mas algo… algo acontecia que o deixava inquieto.. Ele estava de frente a porta e pode observar que ao seu lado direito o enorme par de pés que entrara no quarto permanecia perto da cama, logo em seguida se juntou a ele um par de pés femininos e um minúsculo par de pés… aquilo era algum tipo de encontro? Ele observou que ao seu lado direito não havia ninguém, porém a saída até a porta era visível… Não havia nenhuma outra opção a não ser esperar saírem do quarto. *********************************** *** Tell ***Rolagem de dados: 2. EDIT OFF: Cassandra entrou no quarto carregando o que lhe foi solicitado JUNTO A MAGA, conforme posts anteriores. *** Assim que o gnomo se aproxima da cama, sente um leve desconforto no ambiente, por um breve segundo sua visão enegreceu, como uma falha nas velas que alimentavam as lamparinas, mas logo a iluminação voltou ao normal e o gnomo pôs-se a observar a jovem mulher deitada na cama. - Tellwyahonnius escreveu:
- Quando a jovem foi colocada sobre a cama, Tellwyahonnius se virou ao homenzarrão e pediu para que ele se retirasse. Seria necessário remover as roupas da jovem para tratar das feridas, afinal. Pediu que a estalajadeira providenciasse com urgência agulha e linha, água quente, panos limpos e sua aguardente mais forte. Deu instruções para que ninguém entrasse no quarto, exceto pela própria estalajadeira.
O homem que após colocar a jovem maga na cama se posicionara ao lado da mesma olha para baixo por um momento, olhando a pequena criatura que pedira que ele se retirasse, em seguida ele olha para Cassandra e percebi que ela acena com a cabeça. Ele então descruza os braços e sai em direção a porta, Cassandra caminha logo atrás dele e assim que ele sai ela tranca a porta por dentro, logo em seguida arrasta uma cadeira para perto da cama ao lado do gnomo, na cadeira havia uma bacia branca com água morna, diversas toalhas, uma enorme garrafa com alguma bebida amadeirada e um rolo de uma linha preta onde havia uma agulha de madeira espetada. - Tellwyahonnius escreveu:
- Tellwyahonnius mexeu em seu bracelete. Acionou uns botões aqui, outros acolá, girou as engrenagens para a posição correta.
Abriu um dos bolsos do invólucro interno e retirou um pequeno estojo de instrumentos. Tirou uma seringa, e pegou o braço da jovem com cuidado, aplicando-lhe a injeção.
-"Não posso colocá-la para dormir, mas posso aliviar a sua dor. Fique acordada, sim? Converse com este velho cansado. Qual seu nome?"- Cassandra se afasta deixando que o gnomo começe a fazer o que era necessário, porém fica próximo a cadeira caso ele lhe peça alguma coisa. ************************************************ *** Liv e Tell *** Conforme ambos conversavam enquanto o gnomo tratava as feridas da maga, pouco puderam perceber mas a luz que o livro emanava enfraquecia. Enquanto as palavras fluíam pelo ar e o gnomo tratava a enferma mulher, ela deixou levar-se contando-lhe sua história, - LIV escreveu:
- A moça sussurrou algo para a arma e retirou a mão do cabo, unindo-as palma com palma. Símbolos de geometria cósmica desenharam-se em luz ao redor de seus pulsos, como pulseiras flutuantes que giravam lentamente.
Liv não percebeu, talvez pela situação, talvez pela preocupação em se salvar mas os símbolos que conjurou falharam uma ou duas vezes, o que nunca acontecera antes. | |
| | | Andarilho
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Ficha Vasta Jogador: FireStorm Sexo: Masculino Raça: Humano
| Assunto: Re: Segundo andar Sex 31 Ago - 16:34 | |
| Ferrys já havia arriscado demais estando ali. Não iria arriscar mais e tentar sair sem ser visto.
Sem outra alternativa, fica o mais quieto possível, esperando que os presentes na sala saiam, e ele possa sair de seu esconderijo. | |
| | | Tellwyahonnius
Número de Mensagens : 30 Data de inscrição : 03/07/2018
| Assunto: Re: Segundo andar Qua 5 Set - 22:10 | |
| - Citação :
- - Gunnhildr significa Donzela da Guerra no idioma do meu plano de origem. É um título. Construído sobre os ossos dos inimigos e banhado no sangue de deuses.
Ela era uma maga, e era bastante versada em seus conhecimentos. Mas fala como um dos bárbaros. Bom, talvez a imensa espada negra devesse servir como aviso. -"É um título imponente. Eu sou um professor. É um título construído sobre os livros de meus colegas e banhado nas lágrimas dos meus alunos."- e piscou o olho verde para a moça, mantendo o violeta em tom risonho. - Citação :
- - Eu sou uma estudiosa dos astros celestes. Uma Astróloga da Ordem dos Magos. Devotei minha vida a observar as estrelas. E fui escolhida como um dos cinco membros do grupo de Guardiões da Filha da Magia. Entretanto... - a moça fechou os olhos, sentindo a vibração da linha nas mãos pequenas e hábeis do gnomo - Nós falhamos.
Uma astrônoma? Não... ela disse astróloga. Bom casamento entre ciência e magia. Tellwyahonnius ouviu com cuidado a história trágica e emocionante da donzela, de seus irmãos e de seus pertences. Talvez devesse tomar notas. mas o faria depois de terminar de remendar a jovem. A luz do livro falhava. Tell piscou e insinuou que talvez fosse a hora de trocar as baterias. Em seguida, se levantou e serviu duas doses da aguardente. Ofereceu uma à donzela. Essa parte será desagradável. Tellwyahonnius virou seu copo e baixou os óculos. Acenou com a cabeça. Hora de puxar o fragmento. | |
| | | LIV
Número de Mensagens : 139 Data de inscrição : 09/08/2018
Ficha Vasta Jogador: LIV Sexo: Feminino Raça: Meio-elfa
| Assunto: Re: Segundo andar Qui 6 Set - 19:37 | |
| Havia algo de errado na Origem dos Sonhos... Liv estava confusa - tinha perdido muito sangue, sido drogada com uma alta dose de morfina e esgotado suas forças com feitiços de proteção - e talvez por isso não conseguisse entender direito o que estava acontecendo. Mas sabia que algo de errado não estava certo por ali. Olhou para seus pulsos e os círculos de geometria alquímica que os iluminavam. Quase tinha capturado a essência do problema quando a voz do velho gnomo reclamou sua atenção: - Tellwyahonnius escreveu:
- -"É um título imponente. Eu sou um professor. É um título construído sobre os livros de meus colegas e banhado nas lágrimas dos meus alunos."
"Mhm...", ele queria ser engraçado, mas a Astróloga se pegou pensando nas camadas de sadismo necessárias para achar as lágrimas dos alunos algo digno de risos. Talvez só tivesse se tornado paranoica com o passar dos anos. "Dezenas de anos", ela se corrigiu mentalmente, acompanhando o autoentitulado Professor caminhar para cá e para lá, realizando seus preparativos. Negou o copo de bebida com um gesto de cabeça, indicando com o olhar as mãos em punhos cerrados, segurando a magia que pretendia usar. A luz que vinha do grimório oscilou. Liv ergueu os olhos para o livro, uma névoa de dúvidas turvando seu semblante. A ideia estava bem ali, logo depois daquela esquina de pensamento... mas escapava entre seus dedos. Viu o aceno positivo de cabeça do gnomo e respirou fundo. Tinha chegado a hora. Usando de toda sua força de vontade, a Maga girou os pulsos no ar e então separou-os lentamente, como quem abre uma janela bastante emperrada. A moça suava frio e tremia, mordendo o lábio inferior para se impedir de gritar. A careta de dor era inegável, apesar de toda a morfina. E quando ela chegou com as mãos á distância dos ombros, sangue vermelho vivo e borbulhante veio aos seus lábios, escorrendo pelo queixinho que mantinha erguido. Ela tinha colocado as costelas de volta à posição anatômica, onde poderiam se curar caso fosse enfaixada corretamente. Mas isso deixou seus pulmões perfurados sangrando pela cavidade torácica adentro, algo que a Maga pretendia resolver com seu próximo movimento: uma espécie de cauterização arcana forçada. Levou ambas as mãos cruzadas sobre o peito, os punhos fechados, e cuspiu o sangue da boca antes de dizer: - Genees! - a ideia era que a magia impedisse a hemorragia interna, apesar de não poder realmente curá-la, como as magias de Clérigo fariam. Aquele Arcanismo era algo similar a um procedimento cirúrgico. Apenas daria condições ao corpo da Maga de, posteriormente, curar-se sozinho, aos poucos. Ou até que encontrasse um Clérigo capaz de curá-la rápida e definitivamente. Agora cabia ao Gnomo fazer o melhor possível por seu ferimento externo. E então ela realmente teria uma chance de sobreviver. E concluir sua busca pela Filha Perdida. | |
| | | Tellwyahonnius
Número de Mensagens : 30 Data de inscrição : 03/07/2018
| Assunto: Re: Segundo andar Dom 9 Set - 20:17 | |
| Ok, a hora havia chegado. Tinha testado com calma as funcionalidades da Horizonte, e o invólucro interno estava com funcionamento pleno. Ainda precisaria de reparos, obviamente. Mas o que tinha era mais do que suficiente.
Para muitos, a Horizonte funcionando parece magia. Já perdeu as contas da quantidade de vezes que fora tomado por um mago ou um clérigo. Contudo, o sistema tecnológico é o resultado de constante aprimoramento científico durante décadas de trabalho de uma das mais brilhantes mentes do Multiverso.
A donzela estava em maus lençóis, é verdade. Mas agora tudo estava pronto. O ferimento estava limpo, o fragmento da maça-estrela havia sido removido. Os sangramentos mais problemáticos haviam sido cauterizados. E a donzela, usando-se de alguma arte mística que ainda era estranha ao gnomo (que tomou notas mentalmente para futuras referências), deixou vasos, músculos e ossos na posição ideal.
Tellwyahonnius girou os anéis de seu bracelete até a posição correta. O invólucro interno respondeu. As mãos do velho gnomo brilharam em dourado conforme a Energia Positiva era deslocada do Plano Interior da Energia Positiva, enviada aos Direcionadores de Fluxo e aos Transformadores de Fase Primários.
Os Direcionadores zuniram e claquearam conforme cobriam as mãos do gnomo e depositavam a Energia Positiva no ferimento. Tellwyahonnius mantinha os olhos no indicador de fluxo de seu bracelete. O trabalho manual prévio reduzia o consumo energético, e diminuía o Choque de Retorno. As leituras estavam em faixa verde, sem problemas. Os Filtros de Retorno absorveriam todo o Ruído.
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| | | Narradora
Número de Mensagens : 262 Data de inscrição : 28/05/2009
| Assunto: Re: Segundo andar Seg 10 Set - 9:05 | |
| *** Liv *** - LIV escreveu:
- - Genees!
A voz fraca da maga conseguiu pronunciar corretamente a magia, e ela sentiu a mesma começar a funcionar como deveria ser, seu pulmão enchia com o sangue o qual ela podia sentir o gosto metálico na garganta, o mesmo escorria pelos cantos da boca e leves tremores começaram a inundar seus osso. Um alívio… um alívio começa a percorrer a maga ao perceber que tudo corria como o planejado, porém a cada magia executada naquele ambiente, mais forte ficava a presença que ela sentira antes, e poucos segundos após o alívio passar levemente pelo seu coração, ela sente uma dor terrível… Ela estava sufocando. Não só a magia era sugada naquele local, mas também sua energia vital, ela podia sentir em suas veias, sua vida abandonando-lhe, seus olhos se arregalam em desespero, a magia não foi tão eficaz, ela estava enfraquecida, algo interferia. A maga então pode sentir seu pulmão se enchendo de sangue, e seus pensamentos correram para a criança prometida… ela estava falhando… era a última em sua missão e estava falhando. O ambiente começara a falhar, sua visão enegrecia em um tom vermelho-escuro, seus olhos outrora tão belos e cheios de vida estavam opacos, quase apagados, sua pele antes levemente rosada já estava tão branca quanto o manto que cobria seu pequeno corpo frágil… ela sabia que poucos segundos restavam, o oxigênio não chegava ao seu cérebro o suficiente… Ela já não sentia as mão do pequeno cientista trabalhando em seu corpo, já não sentia nem mesmo seu corpo. Ela olha para o grimório acima, e enquanto observa sua luz fraca oscilando sua vista enegrece por completo… ela então escuta uma risada ao longe.. uma risada gélida que a fez lembrar seu inimigo mais cruel...o próprio Deus da Morte a sondava e ela podia senti-lo aguardando ela dar seu último suspiro… e então...escuridão. ********************* *** Tell ***O gnomo já havia verificado todas as possíveis variáveis, a Horizonte não estava em seu perfeito funcionamento, mas, ainda assim, ele sabia que seria bem-sucedido, pois o invólucro interno - e o que ele mais necessitava nesse momento - estava em funcionamento perfeito e ativo. Ele se prepara e respira fundo, tinha chego a hora de acabar com o sofrimento da pequena mulher a sua frente, ele então ativa os anéis em seu pulso e como esperado o invólucro começou a fazer seu trabalho auxiliando assim o gnomo em seu próprio trabalho. Uma energia dourada se concentrou em seus pulsos, e ele começou a passá-la para a maga a sua frente. Porém nesse momento ela arregalou seus olhos e começou a convulsionar. O gnomo pressiona mais uma vez sua mão, como que pudesse passar a energia dos planos para curá-la mais rapidamente, porém ele sabia que não era assim. A energia tinha seu tempo, e ele acabara de começar. Mais uma olhada nos medidores de leitura e ele percebe que estavam laranja, não era comum se desestabilizarem assim tão rápido. O gnomo não conseguia sentir, porém sabia que algo estava fora do comum ali, algo agia sobre ele além das energias que ele mesmo canalizara. A maga dá um último impulso..seus olhos distantes parecem focar em algo que ela havia perdido, uma lágrima solitária rola pelo canto de seus belos olhos vazios e ela cai no inconsciente, nesse momento Tell se eleva sobre seu corpo, ainda com as mãos no ferimento. Preocupado com a respiração oscilante dela e olhando fixamente em seu corpo, ele acaba não olhando para os leitores de segurança, e não vê que os mesmos já estavam no vermelho e tremendo loucamente como que querendo avisar o perigo eminente. A maga suspira, sua espada estremece ao seu lado nervosamente, vibrando como que querendo acompanhá-la, e quando seu corpo inerte relaxa na cama o grimório cai. O pesado livro atinge as mãos de Tell e nesse instante uma enorme explosão de energia ocorre, o impulso faz o invólucro da Horizonte praticamente ser destruído, assim como os ossos dos ligamentos de ambos os braços e cotovelos do gnomo. Ele é jogado ao longe e bate a cabeça no criado-mudo que estava próximo, um leve tontura se instala, e antes que caia no inconsciente ele olha para a maga na cama, suas roupas estavam rasgadas e ensanguentadas, porém onde antes era um ferimento aberto, agora era uma enorme cicatriz fechada e deformada como um grande queimadura. Com um sorriso no rosto e sem sentir seus braços, o gnomo desmaia. ********************************* *** Ferrys ***Ferrys não podia enxergar muito mais que pés movimentando-se nervosamente para um lado e para o outro, e então ele pode ver pela barra do vestido cinza que Cassandra saíra apressada do quarto, talvez para acalmar os ânimos lá embaixo, talvez para trocar a água que haviam solicitado. O fato era que agora estava apenas ele, o corpo em cima da cama e os minúsculos pés ao seu lado, ainda assim era impossível sair. O homenzinho puxava conversa com o ser convalescente na cama, e assim que o mesmo começa a falar Ferrys pode perceber se tratar de uma mulher, sua voz era frágil e delicada e ele imaginou que fosse uma mulher muito jovem. Conforme ouvia a conversa acima, Ferrys percebeu que estava ofegante. Parecia ter corrido centenas de quilômetros, e seu corpo começou a sua, mesmo tendo as mãos frias como gelo. E então, ele percebeu alguns brilhos a sua volta, um calor vindo de cima da cama e, por fim, ouve uma grande explosão. Ferrys então pode observar que o homem que estava ao seu lado, e agora estava inconsciente no chão era um gnomo. Mais um minuto embaixo da cama e ele percebeu que a mulher acima também estava desacordada, assim que o brilho – que ele assumira ser mágico – sumiu, a sensação de exaustão sumiu também. Ferrys poderia finalmente sair do quarto antes que a estalajadeira voltasse, porém assim que ele sai debaixo da enorme cama ensanguentada e se vira para ir em direção a porta, mais uma vez sente calafrios em seu corpo, ele então se vira e pode observar que a caixa antes amadeirada, agora estava de um vermelho quase negro. ********************************************************** LIV e TELL, após a postagem do FERRYS podem postar recobrando a conciência.
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| | | Andarilho
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| Assunto: Re: Segundo andar Seg 10 Set - 15:03 | |
| Ferrys não conseguia entender a magia. Para ele, era um amontoado de fogos de artifícios que podia explodir a qualquer momento.
E parece que foi o que ocorreu.
O homem se dá alguns segundos para observar a situação do quarto, e volta a olhar a caixa, que havia se transformado, aparentemente. Aquele negócio parecia perigoso.
Mas, talvez não fosse a hora de ele se meter com aquilo. Iria tentar descobrir, mais cedo ou mais tarde. Mas aquele não parecia ser o momento.
Consternado e preocupado com a caixa, sai do quarto, pensando no que havia acontecido lá. Mas, não deixa de pensar que estava num local onde ele não era esperado. Fica atento às movimentações, tanto no quarto ao lado, quanto vindo do andar de baixo.
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OFF: Se não houver movimentação vinda de baixo, ele tenta descer sorrateiramente, sem ser percebido. Se alguém estiver subindo, ele tentará simular que estava indo na direção do quarto, para tentar descobrir o que havia acontecido. | |
| | | LIV
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| Assunto: Re: Segundo andar Seg 10 Set - 18:04 | |
| Não havia doçura na inconsciência. Nem luz no fim do túnel. Nem filme da sua vida desenrolando-se dramaticamente diante de seus olhos. Havia apenas a fraqueza, a dor e a escuridão, preenchidas pela risada maligna de um deus do qual havia roubado muitas vezes. Liv sabia que deveria estar morta. Mais que qualquer um de seus companheiros. Seus últimos pensamentos foram para eles. Alahad, o mais justo e melhor dos homens. Evance, cuja bravura diante do perigo era inigualável. Dinad, a mais formidável dos trovadores. E Herys. Herys, a mais bela e mais dócil das criaturas. Acima de todos os outros, o coração de Gunnhildr doía pela clériga de olhos e cabelos negros. Olhos e cabelos negros que não voltaria a ver jamais.
Pensou na Filha Perdida e percebeu que era - sem sombra de dúvidas - a pior pessoa para concluir aquela tarefa. Mas nem ela, nem a criança, tinham qualquer escolha. Suas últimas forças se foram com pensamento de que a Magia não voltaria a florescer em seu mundo natal e sua dimensão aos poucos iria definhar e morrer. Um a um, como os Astrólogos. A risada macabra preencheu seus sentidos e a Donzela da Guerra sucumbiu, incapaz de lutar mais um segundo que fosse.
E então acordou.
O zunido baixo de Legião acima de sua cabeça trouxe a Maga de volta ao quarto no segundo andar da taverna, que não chegava a ser uma estalagem. O grimório estava caído sobre ela, inerte, e a arma voltou a adormecer no instante em que sentiu seu despertar. Olhou ao redor, localizando-se. E deu com o corpo desmaiado do velho gnomo, jogado ao chão como um brinquedo descartado, os braços torcidos de maneira estranha.
Liv imediatamente ergueu-se da cama, só então notando a enorme cicatriz avermelhada na lateral de seu corpo, cobrindo desde a altura da última costela (que parecia estar no lugar adequado) até quase a crista ilíaca. Sorriu, sentindo-se tomar de felicidade. "Finalmente, minha deusa. Finalmente eu encontrei o Reino da Origem dos Sonhos." - apenas no mundo onde a Filha Perdida da Magia estivesse os Astrólogos poderiam ser marcados. Essa era parte importante das muitas profecias que os cercavam e agora ela estava ali, viva e ostentando uma enorme marca de guerra. Ajoelhou-se ao lado do corpo do gnomo e tomou a liberdade de medir seu pulso, percebendo que a vida ainda se agitava nas entranhas do velho cientista.
- Mestre Smivfheim? - será que tinha acertado a pronúncia dessa vez? - O senhor desempenhou com maestria inigualável o fardo da cura. Mestre Smirfheim? - definitivamente aquela parecia a pronuncia errada.
A Donzela da Guerra ergueu a mão direita com os dedos espalmados e o grimório, até então jogado sobre a cama, singrou o ar até sua mão, fechando-se em um baque surdo. Liv se lembrava agora. A magia estava falhando pouco antes de desmaiar. A luz piscava, o que jamais deveria ocorrer. Havia uma presença nefasta naquele ambiente, algo que se alimentava dela - da magia nela e da vida nela. Algo escondido.
- Doutor gnomo, o senhor pode me ouvir? - precisava que o pequeno cientista deixasse o quarto. Fosse o que fosse aquela presença, era algo maligno. E ela iria caçar e exterminar esse mal. | |
| | | Tellwyahonnius
Número de Mensagens : 30 Data de inscrição : 03/07/2018
| Assunto: Re: Segundo andar Seg 10 Set - 21:32 | |
| -"Então, estimados colegas, nobres alunos, fica demonstrado através desta complexa equação que é possível concluirmos que, utilizando de forma correta o Princípio De Distribuição Planar, é possível utilizar a tecnologia da Horizonte para perfurar o tecido dos Planos Transitórios, alcançando qualquer um dos Planos de Existência e extrair dele suas energias, de modo a duplicar-lhes suas características no Plano Material através do emprego de Direcionadores de Fluxo que irão controlar o fluxo energético e dar-lhes propósito."Tellwyahonnius palestrava na Faculdade de Ciências d'A Capital. Estava orgulhoso do quadro às suas costas, que trazia uma equação complexíssima, uma descoberta que representava o auge de sua carreira. Os aplausos efusivos que seguiram a sua explanação evidenciavam que a platéia compreendia o imenso leque de possibilidades que a sua descoberta trazia. Tellwyahonnius acenou com as mãos, pedindo calma à platéia exaltada, que demorou ainda um pouco a diminuir seu êxtase. -"Contudo, ilustres senhores, extrair energia planar utilizando esse método é algo perigoso. A aplicação de características extraplanares em simulação de efeitos no Plano Material desencadeia uma rejeição planar que eu chamo de Ruído.
Quanto maior o efeito desejado, mais energia é necessária para que ele se realize. E quanto mais energia é demandada, maior a quantidade de Ruído causado. Ao reduzir a "vulgaridade" do efeito, tornando-o mais "aceitável" para a natureza do plano onde se realiza o efeito, reduz-se também a quantidade de Ruído causado. Mantendo o Ruído dentro de níveis aceitáveis (Em até 1,0x10^4 Smivs, de acordo com o Principia Planaria), é possível utilizar o emprego de Filtros de Retorno para absorver o Ruído sem maior prejuízo o efeito e/ou ao operador da Horizonte"
-"Porém, caso os níveis de Ruído excedam a capacidade dos Filtros, o operador estará sujeito a um Choque de Retorno. É importante que se frise: você não quer receber um Choque de Retorno. Mantenha os olhos no indicador de fluxo da Horizonte, e se os níveis de Ruído se elevarem acima da faixa indicada, encerre o efeito! Não vá além! Não vale a pena se arriscar!"Um aluno da fileira da frente ergueu seu braço, pedindo pra fazer uma pergunta, e Tell apontou para ele, dando-lhe a palavra. -"Mas professor, o que pode acontecer caso o operador sofra um Choque de Retorno?" - LIV escreveu:
- - Doutor gnomo, o senhor pode me ouvir? -
Tellwyahonnius despertou de seu sono inquieto. Sentia como se tivesse sido atropelado por uma manada de trolls -"OOooOOooooofffr.... Alguém anotou a placa...."- dizia, ainda piscando em confusão. E então notou o estado de seus braços. Mal conseguiu sufocar o grito de dor, mas o engoliu. A dor era tremenda. Mas ele não poderia desmaiar ali, precisava ir para um local seguro. Além disso, ainda precisava conferir o estado de sua paciente Com muito esforço e a testa brilhante de suor por conta da dor, o Gnomo pergunta: -"Senhorita Gunnhildr, a senhora está se sentindo melhor? Espero que sim, porque vou precisar de seus préstimos muito em breve. hehehe" | |
| | | Narradora
Número de Mensagens : 262 Data de inscrição : 28/05/2009
| Assunto: Re: Segundo andar Ter 11 Set - 7:59 | |
| *** Ferrys ***
Ferrys desce o corredor escuro sem nenhuma interrupção, saindo pela escada sem ser percebido. Sem ser percebido… por muitos… porém um par de olhos o observava desde que subira aos aposentos.
CONTINUAMOS NO SALÃO
*****************************
*** Liv e Tell ***
Cassandra havia saído do quarto para dispensar os materiais ensanguentados que o gnomo havia utilizado. A taverna continuava em um ambiente ameno, a música suave que o bardo tocava ao canto ainda preenchia o ambiente e mais e mais canecas de cerveja e hidromel eram servidas.
Cassandra entra pelo balcão despejando os materiais utilizados na portas dos fundos, em um balde que era despejado o lixo, após voltar ela seguiria direto para o quarto, porém Vougan segura seu braço e questiona o que estava ocorrendo:
- A coisa está séria, a garota está morrendo, e não sei o que mais aquele senhor pode fazer.
Vougan fecha a cara não gostando da situação:
- Mas e você Cassy, você não pode fazer nada?
- Não, não tenho conhecimento para isso, abandonei as práticas de minha mãe a muito tempo, as feridas dela são internas e estão muito fundas…Prefiro não me arriscar.
Cassandra então segue em direção as escadas e antes de subir, olha nervosamente para Vougan.
Ao chegar ao seu quarto e abrir a porta, o Cassandra viu a fez ficar completamente surpresa, a mulher que estava morrendo ha poucos minutos, estava em pé ao lado do gnomo, que antes estava saudável e agora parecia muito abatido, Cassandra observou que o gnomo estava desorientado e seus braços estavam caídos de maneira estranha.
- Santa Gorgoth, o que houve ?
Ela se aproxima temerosa, tentando entender a situação. Quando Cassandra para ao lado de Liv ela pode sentir uma áurea mágica extremamente fraca, ela não notou antes por estar entregue a sua própria dor, porém a estalajadeira tinha uma aurea iluminada, algo que Liv reconheceu de sua própria linhagem, mas era apenas um fio do que já foi um dia, uma luz que aos poucos se apagava na mulher.
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| | | LIV
Número de Mensagens : 139 Data de inscrição : 09/08/2018
Ficha Vasta Jogador: LIV Sexo: Feminino Raça: Meio-elfa
| Assunto: Re: Segundo andar Qua 12 Set - 20:05 | |
| Ele ainda conseguia rir, mesmo com os braços quebrados. A Donzela da Guerra sorriu para o gnomo idoso e ferido, os olhos pontilhados por constelações encarando as íris de cores diferentes do cientista ancião.
- Mestre Gnomo, eu tenho uma dívida eterna com o senhor. Graças ao seu socorro médico serei capaz de completar minha missão. Se em qualquer momento precisar dos Astról... - a garota se interrompeu, uma sombra tétrica perpassando seu semblante por um breve momento. Mortos. Estavam todos mortos. Ela era a última dos Astrólogos e a antiga promessa não fazia mais qualquer sentido. Baixou os olhos para o grimório fechado em sua mão e tornou a ergue-los para o gnomo, renovando o sorriso - Se em qualquer momento precisar de mim, minha arma será seu escudo.
Naquele instante, a estalajadeira se aproximou novamente, clamando por uma deusa que Gunnhildr desconhecia. Ao menos com aquele nome. A experiência demonstrava que os deuses eram quase sempre os mesmos nos diversos planos e mundos, mas sob outras denominações. A Maga fixou os olhos na mulher de meia-idade:
- Eu sinto a Mística fluindo de você, gentil dama. Percebo que é um traço de linhagem. Diga-me, o que há neste quarto que alimenta-se da Magia e da força vital? É nítida essa presença e mesmo a minha arcanae falhou e tremeu por alguns instantes. E não pode haver novas falhas agora. - a garota voltou a olhar para o gnomo - Preciso de plenos efeitos para ajudar Mestre Smivfelheim.
Um tinido chamou atenção da Maga e, tocando de leve no ombro do gnomo ancião para pedir paciência, ela se ergueu e caminhou até a cama, onde tomou a vibrante espada Legião nas mãos. A arma estava inquieta. Com seu toque, a vibração cessou, deixando no lugar um silêncio audível. Modificando a forma novamente para lança, a garota voltou-se para Cassandra e Tellwyahonnius com a lança em uma mão e o grimório na outra: como uma Maga muito jovem com um cajado assassino e um livro animado com luzes de festa. Que agora estava fechado e inanimado, mas isso era outro detalhe.
- Precisamos encontrar a fonte deste problema e neutraliza-la, ou remover o senhor, Mestre Gnomo, para um local onde seja seguro conjurar, de modo que possa ajudá-lo. Entenda, o Arcanismo existe no tênue limiar entre a Ciência e a Fé. Qualquer abalo pode colocar tudo a perder.
A Maga esperou que Cassandra e Tellwyahonnius se pronunciassem sobre o melhor curso de ação. | |
| | | Tellwyahonnius
Número de Mensagens : 30 Data de inscrição : 03/07/2018
| Assunto: Re: Segundo andar Qua 12 Set - 22:32 | |
| Bigodes fartos de Ymir, a dor estava terrível. Contudo, a Donzela estava bem. Resolvido o problema de distorção planar que a senhora estalajadeira se referia, consertaria os próprios braços rapidamente. Então, no fim, havia valido à pena. - LIV escreveu:
- Se em qualquer momento precisar de mim, minha arma será seu escudo.
-"Eu apertaria a sua mão, minha jovem. Mas infelizmente as circunstâncias me deixaram... urgh... de mãos atadas."- O velho gnomo deu uma risada sôfrega. Tellwyahonnius respirou fundo, tentando afastar a dor. Ok, piadas à parte, precisava sair dali e se curar antes que desmaiasse. -"Senhora estalajadeira, há algum lugar seguro onde eu possa consertar esses braços velhos? Eu até sei de um bom lugar, mas estou impossibilitado de apontar a direção. hehehe... Senhorita Gunnhildr, talvez a senhorita se lembre onde guardei a morfina. Eu apreciaria uma dose. Eu tento controlar o vício, mas ele é mais forte que eu, no momento." | |
| | | LIV
Número de Mensagens : 139 Data de inscrição : 09/08/2018
Ficha Vasta Jogador: LIV Sexo: Feminino Raça: Meio-elfa
| Assunto: Re: Segundo andar Qua 12 Set - 22:46 | |
| Tinha visto Herys curar uma infinidade de ferimentos os mais bizarros impossível durante o tempo em que serviram ao Templo de Mystra, e ainda mais no período em que lutaram lado a lado pelo paradeiro da Filha da Magia. Sabia o que fazer para auxiliar e havia estudado muito mais de anatomia que qualquer outro Mago que conhecia. Entretanto, suas mãos tremiam quando escorou Legião (em forma de lança) contra a parede e apoiou o grimório no colchão.
Aguardava uma resposta da estalajadeira enquanto ajoelhou-se ao lado do gnomo e tomou o pequeno estojo que continha a maceração de papoula. Odiava aquela droga. Mas reconhecia sua utilidade em um campo de batalha. Preparou a injeção com mãos habilidosas e gestos experientes, aplicando a morfina ao gnomo em concentração um pouco abaixo daquela que calculava como ideal. Era bom manter uma margem de segurança.
Sorriu para o velho cientista de forma amigável:
- A dor já vai passar. Estarei aqui. Indique-me o caminho para o lugar seguro ao qual se referiu, sim? - e então voltou a fitar Cassandra enquanto recolocava o estojo de medicamentos no lugar e tomava de volta a arma e o grimório, preparando-se para deixar o quarto. | |
| | | Narradora
Número de Mensagens : 262 Data de inscrição : 28/05/2009
| Assunto: Re: Segundo andar Qui 13 Set - 12:26 | |
| ***Liv e Tell *** - LIV escreveu:
- - Eu sinto a Mística fluindo de você, gentil dama. Percebo que é um traço de linhagem. Diga-me, o que há neste quarto que alimenta-se da Magia e da força vital? É nítida essa presença e mesmo a minha arcanae falhou e tremeu por alguns instantes. E não pode haver novas falhas agora. - a garota voltou a olhar para o gnomo - Preciso de plenos efeitos para ajudar Mestre Smivfelheim.
- Tenho sangue élfico por parte de mãe mas… mas nunca segui seus passos nem tive aprendizado para desenvolver esse lado da família… e justamente por isso não sei do que fala senhorita… Não há nada aqui que sugue sua...energia vital? Magia? Não... nunca teve isso em meus aposentos.Cassandra olhava atônita para a maga, como se ela estivesse falando alguma loucura. Liv podia perceber que a mulher realmente falara a verdade ou pelo menos ela não sabia que estava sendo drenada pouco a pouco em seu próprio lar. - LIV escreveu:
- - Precisamos encontrar a fonte deste problema e neutraliza-la, ou remover o senhor, Mestre Gnomo, para um local onde seja seguro conjurar, de modo que possa ajudá-lo. Entenda, o Arcanismo existe no tênue limiar entre a Ciência e a Fé. Qualquer abalo pode colocar tudo a perder.
Cassandra olha em volta em seu quarto como que procurando um grande mal, mas tudo permanecia exatamente como antes. - Realmente senhorita, não sei o que poderia ser.. pode verificar, eu nada escondo, mas se caso for, podemos tirar o pequeno senhor daqui, só não saberia para onde levá-lo pois não tenho quartos além do meu próprio. - Tellwyahonnius escreveu:
- -"Senhora estalajadeira, há algum lugar seguro onde eu possa consertar esses braços velhos? Eu até sei de um bom lugar, mas estou impossibilitado de apontar a direção. hehehe... Senhorita Gunnhildr, talvez a senhorita se lembre onde guardei a morfina. Eu apreciaria uma dose. Eu tento controlar o vício, mas ele é mais forte que eu, no momento."
- Sinto muito senhor, não somos de receber visitantes por aqui, e não imagino onde mais podemos lhe acomodar. Abri as portas de meu quarto a vocês, porém não imagino o que pode estar afetando-os como a jovem senhorita diz.De fato desde que a magia fora cessada no ambiente Liv já não sentia a presença maléfica de antes, talvez se fortificasse com o fato de alguém estar a beira da morte? Talvez se fortificasse com a magia? Era dificil saber sem que soubesse exatamente do que se tratava. Porém o tempo corria, e era necessário aplicar um tratamento no homem que salvara sua vida.[/quote] | |
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| Assunto: Re: Segundo andar | |
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| | | | Segundo andar | |
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