O lugar à muito tempo estava abandonado, as folhas secas jaziam mortas no chão, manchando o
mármore nobre, o ambiente era cinzento, opaco, a aura luxuriante de outrora já não mais existia,
o belo castelo do Lorde do Caos nada mais era do que uma pétala morta no topo da montanha.
A brisa caminhava pelos corredores, fazendo as folhas secas dançarem pelas escadas, caminha
ligeira e fria como uma sopro de gelo entre os corredores, e balançava os tecidos podres que
jaziam esquecidos nos quartos.
Nos quartos, a solidão era igualmente inquietante, a magia já não pulsava ali, e nenhum ruído
de vida era audível. Porém, se alguém tivesse coragem o suficiente para macular o castelo do caos,
e estivesse andando por entre os corredores, ouviria um leve tremor vindo de um quarto específico.
E ao entrar nesse quarto, o corajoso aventureiro se depararia com um enorme jazigo, todo
trabalhado em mármore e madeira, algumas correntes tão grossas quanto uma perna envolviam
esse jazigo, e alguns selos mágicos ainda brilhava nas frestas de abertura.
E ao lado do jazigo havia uma caixa menor, ela era de uma madeira velha e esculpida com estranhas
caricaturas. Algo chamava a atenção naquela caixa, mais que em todo o quarto. O aventureiro então
perceberia que aquela caixa estava tremendo e ela que produzia o barulho contínuo e inquietante.
Porém nenhum aventureiro fora corajoso o suficiente para ir até lá, e o castelo permanecia vazio e
abandonado, sem ninguém para testemunhar esse novo foco de magia.